Corinthians fica no 0 a 0 com o San Lorenzo e avança às oitavas da Libertadores

Estadão Conteúdo
17/04/2015 às 08:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:40
 (Nelson Almeida)

(Nelson Almeida)

Grupo da Morte? Não para o Corinthians. Com o empate por 0 a 0 com o San Lorenzo, nesta quinta-feira (16), no estádio Itaquerão, em São Paulo, o time alvinegro chegou aos 13 pontos e garantiu a primeira colocação do Grupo 2 e a classificação para as oitavas de final da Copa Libertadores com uma rodada de antecedência.

É preciso, no entanto, ressaltar que a equipe não teve uma grande atuação. Em vários momentos da partida, principalmente no primeiro tempo, o adversário foi superior. Com o empate, o Corinthians não tem mais chance de fazer a melhor campanha da primeira fase e ter a vantagem de decidir todos os jogos em casa até a final. Esse benefício será do Boca Juniors, que encerrou a fase de grupos com 100% e já sabe que fará o clássico argentino contra o River Plate nas oitavas de final.

Na próxima quarta-feira, no estádio do Morumbi, o Corinthians enfrenta o São Paulo e, se vencer ou até empatar - desde que o San Lorenzo goleie o Danubio por quatro ou mais gols de diferença na Argentina -, pode eliminar o rival da Libertadores. Antes, porém, tem o Palmeiras pela frente. Neste domingo, novamente no Itaquerão, as duas equipes fazem jogo único e eliminatório pela semifinal do Campeonato Paulista.

Nesta quinta-feira, o Corinthians até que começou o jogo bem, passando ao seu torcedor a impressão de que não teria grandes dificuldades para conseguir mais uma vitória. O time trocava passes com tranquilidade, mas faltavam jogadas incisivas à equipe. Já o San Lorenzo, mesmo com menos posse de bola, era mais perigoso e criou as primeiras chances de gol do jogo. Em 15 minutos, o time argentino esteve duas vezes próximo de marcar, sempre nas jogadas pelo alto, principal deficiência da defesa corintiana.

O Corinthians era lento demais e, por isso, facilmente marcado pelo San Lorenzo. Vagner Love, o substituto do Guerrero (com dengue), não conseguia segurar a bola no ataque ou fazer triangulações com os homens de meio de campo. As melhores chances do Corinthians saíram em chutes de fora da área de Renato Augusto. Tanto aos 19 minutos como aos 38 o meia parou no goleiro Torrico.

O Corinthians também sentia a falta das infiltrações de Elias. O volante se dedicava muito mais à marcação do que ao ataque e não abria espaços na defesa do San Lorenzo. Os laterais Fagner e Uendel também mal davam as caras no ataque eram. Sem jogadas em profundidade pelas beiradas do campo, o time alvinegro era previsível e inofensivo.

No segundo tempo, o jogo continuou tenso. O técnico Tite acertou a marcação e a equipe deixou de passar apuros na defesa. No ataque, no entanto, o Corinthians era refém das investidas de Emerson, que sempre que recebia a bola pela esquerda partia para cima dos seus adversários.

A torcida começou a ficar impaciente e pediu a entrada de Danilo. Tite atendeu ao apelo da arquibancada e, aos 15 minutos, o meia entrou no lugar de Vagner Love. Nem mesmo com Danilo, que costuma se dar bem em jogos complicados, a situação mudou. A única coisa que melhorou é que o meia não era tão facilmente desarmado como Love e o time conseguia manter mais a bola no campo de ataque.

O Corinthians sofria para furar a defesa argentina. O time trocava passes de um lado para o outro sem objetividade. Tite, então, alterou o desenho tático da equipe, recuando um pouco mais Elias para dar liberdade a Renato Augusto. Em outros jogos da temporada - como na vitória sobre a Ponte Preta no último fim de semana - essa mudança surtiu efeito. Nesta quinta-feira, não.

 
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