Combate ao assédio às mulheres na folia ganha o apoio dos homens

Raul Mariano
25/02/2019 às 20:29.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:43
 (Riva Moreira)

(Riva Moreira)

A luta contra o desrespeito às mulheres será reforçada no Carnaval de BH. O já conhecido movimento “Não é Não” recebeu o apoio da recém-chegada campanha “Não Forço a Barra!”, criada por homens do coletivo Machismo Entre Nós (MEN). A ideia é combater, de forma unificada, práticas de assédio corriqueiras na maior festa de rua da capital, que deve reunir 4,6 milhões de pessoas em 2019.

Essa é a primeira edição da folia em que a lei de importunação sexual estará vigorando. Antes, atos libidinosos contra o público feminino eram considerados apenas contravenção penal, com pagamento de multa. Hoje, pode gerar de 1 a 5 anos de prisão.

Mas no que depender do MEN, cenas de mulheres sendo agarradas, encoxadas ou beijadas à força em meio à multidão estão com os dias contados. 

Porta-voz do grupo, o estudante de direito da UFMG Gustavo Ribeiro, de 23 anos, afirma que eles pretendem intervir nos casos em que situações de assédio forem flagradas. “É uma questão que colocamos: ver e não deixar passar, garantir a integridade delas naquela situação”.

Luta

Atuante desde o ano passado em BH, o “Não é Não” também estará no Carnaval de rua. Coordenadora da campanha na cidade, Luiza Alana diz que, de 2018 para 2019, houve um salto de 6 para 35 blocos apoiando a iniciativa. 

Na capital, 15 mil tatuagens com os dizeres da campanha serão entregues às foliãs. Em todo país são 180 mil. A lista de pontos de distribuição está disponível no perfil @naoenao, no Instagram. 


 

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