( Vicente de Melo/ Divulgação)
O público em Belo Horizonte pode, a partir deste sábado (15), conhecer parte do legado de um dos mais importantes nomes do muralismo do Brasil, o carioca Paulo Werneck (1907–1987). Na capital mineira, coube a ele assinar, ao lado de outros grandes, o complexo arquitetônico da Pampulha. Seus painéis, especialmente, podem ser vistos na Igreja São Francisco de Assis e na Casa Kubitschek. Tendo à frente Oscar Niemeyer, Paulo Werneck criou seus painéis ao lado dos azulejos de Portinari e do bronze de Ceschiatti. “Eles ainda eram meninos, tinham pouco mais de 30 anos, quando assinaram esse projeto ainda hoje audacioso e vanguardista”, comenta Claudinha Saldanha, neta do artista e curadora da mostra “Paulo Werneck – Muralista Brasileiro” em cartaz no Museu de Arte da Pampulha até março. Para ela, a mostra, que circula desde 2008 pelo país – por cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife – ganhou, nos dois andares do MAP, todo seu esplendor. “O Museu da Pampulha é uma obra de arte por si só. Integrar a exposição aqui foi um grande desafio por sua magnitude”. Quem for conferir a exposição, explica Cláudia, terá a chance de conhecer mais do que o trabalho de Werneck, mas o retrato de uma época. “É uma mostra didática que reúne 200 desenhos em guaches para painéis, imagens, documentos e vídeos”. Um acervo e tanto para quem quer conhecer um pouco mais sobre os pioneiros da arte no Brasil. SERVIÇO “Paulo Werneck – Muralista Brasileiro” no Museu de Arte da Pampulha (av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585). Visitas de terça a domingo, das 9h às 18h30. Até 1º/3