Olimpíadas podem potencializar disseminação da dengue, chikungunya e zika

Aline Louise
12/01/2016 às 07:14.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:59
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

 

O clima de euforia das Olimpíadas de 2016, que vão ocorrer no Brasil de 5 a 21 de agosto, dá lugar à preocupação com o Aedes aegypti. O país vai receber 10.500 atletas, de 206 países, e milhares de turistas do mundo todo.

A maior circulação de pessoas, segundo os especialistas, fará com que os vírus transmitidos pelo mosquito também circulem em maior volume. Consequentemente, pode agravar o risco de epidemia de dengue e alastrar mais rapidamente os casos de infecções associadas ao zika.

Belo Horizonte é uma das seis capitais que vão sediar jogos. Portanto, está na rota dos visitantes, tanto estrangeiros quanto de outras regiões do Brasil.
“Em Minas, não temos constatação de doenças causadas por zika, ao contrário de quase todos os estados do Nordeste e Norte, além de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. É só uma questão de tempo chegar aqui. E as Olimpíadas aumentam a preocupação, mas é inevitável”, ressalta o médico infectologista da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), Angus Leão.

Segundo ele, a Prefeitura de BH não tem estratégias frente ao problema específicas para o período dos jogos. “O que poderíamos imaginar para as Olimpíadas já está sendo feito agora. A prefeitura está intensificando as medidas de combate ao vetor. Mesmo que haja maior circulação de pessoas, se controlarmos o mosquito, muito provavelmente vamos evitar maior epidemia das doenças”, explica.

Turistas

De acordo com o médico, o Serviço de Atenção à Saúde do Viajante, que funciona na rua Paraíba, na Savassi, também atenderá aos casos de doenças relacionadas ao Aedes aegypti detectadas em turistas.

“Se vier alguém da Índia, por exemplo, e apresentar sintomas de zika, dengue ou malária, ele será referência para nós. Vamos rastrear, de acordo com o itinerário que essa pessoa fez, quais são as doenças possíveis de serem a causa daquele quadro clínico”, explica.

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