PF faz operação para combater fraude praticada contra a Caixa em Divinópolis

Hoje em Dia
07/04/2015 às 11:49.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:32

A Polícia Federal (PF) em Divinópolis, região Centro-Oeste de Minas, com apoio de policiais federais da capital e de Varginha, no Sul de Minas, realiza, nesta terça-feira (7), a operação "bad invoice", que tem o objetivo de combater fraude praticada contra a Caixa Econômica Federal.  Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão, quatro de prisão temporária e três de condução coercitiva, pelos crimes de estelionato e de associação criminosa.

De acordo com o inquérito, um empresário dono de uma empresa de calçados em Nova Serrana, teria obtido um crédito de aproximadamente R$ 2 milhões junto à Caixa, apresentando como garantia inúmeras duplicatas mercantis.

Sem o pagamento, mesmo com o vencimento das duplicatas, o banco suspeitou da validade dos títulos. As investigações concluíram que das 76 empresas que constam como sacadas nos títulos dados em garantia, 59 delas não funcionam ou não existem, pois não reconheceram as transações comerciais que teriam subsidiado a emissão do título.

Após encerrar as atividades da empresa em nome da qual foram praticadas as fraudes, o empresário teria mantido em funcionamento uma outra empresa, no exato endereço, e ainda comercializa a antiga marca de calçados, porém, usando outra razão social.

As investigações indicaram ainda que ele transferiu seus bens pessoais para o nome de terceiros, no intuito de se furtar de eventual ação de execução por parte da CEF e garantir o proveito do crime.

A operação foi desencadeada a partir do inquérito policial nº 208/2013, em trâmite na Delegacia de Polícia Federal em Divinópolis, instaurado para investigar fraude praticada em detrimento da CEF.

Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 2ª vara da Justiça Federal de Divinópolis, que além das medidas já mencionadas, determinou o bloqueio de bens que estão registrados em nome de familiares do empresário. Estes bens poderão ser leiloados para evitar o prejuízo da Caixa.

Os presos serão encaminhados ao presídio Floramar em Divinópolis e os que forem conduzidos coercitivamente serão liberados após realização das audiências com o Delegado responsável pela investigação.

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