(Fotos Sérgio Melo/Especial para o Auto Papo)
A fabricante austríaca de motocicletas “KTM”, (das iniciais dos sócios Kronreif e Trunkenpolz, ambos da cidade de Mattighofen), até recentemente pouco conhecida no Brasil, tem longa história de vitórias desde 1953, quando em sua primeira participação em competições faturou o primeiro, segundo e terceiro lugares na 5º Gaisberg. E, até hoje, continua entre os vencedores dos principais certames internacionais. Com toda essa experiência e tecnologia de ponta, a marca produz modelos de alto desempenho, como a “1190 Adventure”, que encara qualquer estrada ou mesmo a ausência de caminho. Apesar da grande cilindrada de 1.190 cm³ e da potência de 150 cavalos, ela pesa apenas 212 quilos e surpreende pela agilidade e pilotagem leve. A suspensão eletronicamente controlada permite ajuste de carga e amortecimento conforme o terreno, presença de garupa e objetos no bagageiro. Aceleração, tração e freio também podem ser alterados segundo perfis pré-programados ou à preferência do piloto. Mas é o inédito controle de estabilidade que mais impressiona. Uma central eletrônica com giroscópio e acelerômetro “vigia” a velocidade, inclinação, ângulo de curva e movimentos do guidão, atuando sobre os freios para evitar derrapagens e quedas.
Foto: Sérgio Melo/Especial para o Auto Papo KTM 1190 Adventure O que é? Categoria “Maxitrail”, com vocação para grandes distâncias e altas velocidades em qualquer terreno. Onde é feita? Fabricada em Mattighofen, na Áustria. Como anda? Motor 2 cilindros, 150 cv e torque de 12,5 kg. Muito fôlego em baixas rotações, vigor em altas e incrível elasticidade para uma bicilíndrica. Quanto custa? R$ 74.000 Com quem concorre? Ducati Multistrada 1.200 GS Touring (R$ 67.900), Yamaha XT 1.200 Z DX (R$ 63.990) e BMW R 1.200 GS (R$ 69.900). Mas cuidado! Essas motos têm diferenças enormes de tecnologia e conteúdo. Conheça e experimente cada uma antes de decidir a compra. Como bebe? Em percurso urbano/terra, a média foi de 15,8 km/l com gasolina. Comportamento: Agilidade, acelerações vigorosas, linearidade de entrega de potência e motor elástico. Ciclística impecável com guidão leve e reações adequadas à inclinação. Postura ergonômica e assentos macios garantem conforto. Embreagem leve, câmbio macio. Eletrônica: Para uma moto com apetite “estradeiro” falta o “cruise control”. Suspensão muito agradável em todas as opções de programação. ABS com ação suave. Acabamento: Montagem e acabamento primorosos. Conclusão: Ágil, rápida e confortável, possibilita alterar eletronicamente os principais sistemas dinâmicos, como se fossem várias motos na garagem, uma para cada tipo de passeio. Leve, mas o assento tem 86 cm, mais alto que algumas concorrentes: quem não tiver mais que 1,76m vai sofrer para mantê-la parada com a pontinha do dedão. Pontos positivos: Agilidade Ciclística Tecnologia Pontos Negativos: Falta “Cruise control” Altura Notas: Pilotagem – 9; Estilo – 9; Montagem e acabamento – 9; Equipamentos – 10; Motor – 9; Dinâmica – 10; Transmissão – 9; Suspensão e freios – 9; e Custo-benefício – 8.