Dress code: Glamour; vestidos para uma produção a la red carpet

Cris Carneiro - Hoje em Dia
30/08/2015 às 15:31.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:33
 (Weber Pádua/divulgação)

(Weber Pádua/divulgação)

Que mulher não adora ter uma bela oportunidade para vestir um lindo e glamouroso vestido? A moda hoje está cada vez mais casual e acaba limitando as possibilidades de nos vestirmos a la red carpet. Esse é mais um motivo para querermos nos sentir verdadeiras musas quando recebemos aquele convite, cujo traje pedido é “passeio completo” ou “habillé”. Nessa hora, a regra é caprichar e planejar aquela produção linda e bem pensada.

As grandes inspirações vêm de Paris, com os desfiles da haute couture (alta-costura) que acontecem em janeiro (primavera/verão) e em julho (outono/inverno). Alguns critérios definem a alta-costura, que foi criada na segunda metade do século XIX pelo couturier inglês radicado em Paris, Charles Frederick Worth.

No fim da Segunda Guerra, os franceses redefiniram as regras de quais maisons poderiam ser nomeadas de haute couture. Para entrar neste exclusivo universo, o estilista deve ser indicado por outros que já integrem o grupo, tem que ter ateliê em Paris, onde é feita toda a coleção a mão e sob medida para as clientes.

Cada maison deve ter no mínimo vinte empregados e dois ateliês, um para tecidos e peças fluidas e outro para alfaiataria, além de ter que esperar um período de cinco anos para ter seu nome oficializado como “criador de Alta-Costura”.

Haute Couture

Vale dizer que a haute couture é uma marca registrada, que somente pode ser utilizada por estilistas que integram o Chambre Syndicale de la Haute Couture, criado em 1968, presidido por Didier Grumbach.

Cada casa de criação é avaliada anualmente pelo presidente de honra do Chambre Syndicale, Jacques Mouclier. Quem não estiver de acordo, é “convidada” a sair. Ou seja, o termo “Alta-Costura” é protegido legalmente e quem o utiliza de forma incorreta pode sofrer um processo.

Feitos os dois desfiles sazonais em Paris, o mundo volta seus olhos para a Cidade Luz e de lá saem inspirações para vestir mulheres que buscam requinte e sofisticação pelos quatro cantos do planeta.

A partir daí, marcas sofisticadas de todo o planeta criam vestidos glamourosos, que abrilhantam os salões das melhores festas da sociedade, de todos os continentes. Vestidos que são bem mais acessíveis para os bolsos das simples mortais, mas que nem por isso deixam de ser preciosos e encantam os olhares.

Mabel Magalhães

Daniel Corrêa, estilista da marca Mabel Magalhães, conta que a brasileira não gosta de passar despercebida, ela quer se destacar e para isso, a coordenação de vestido, cabelo, maquiagem e joias é essencial.

Para não errar, Daniel dá a dica, “muitas vezes, as mulheres escolhem vestidos muito decotados, que não oferecem conforto, não possibilitam movimentos. Devem escolher modelos que as permitam dançar e se divertir. Uma coisa são modelos red carpets superdecotados e com fendas, que são pensados para fotos, outra são os vestidos para usar numa comemoração, onde a intenção é estar linda, mas também se divertir. A roupa tem que oferecer conforto”.

Outra informação preciosa é que há de se fazer uma escolha do que irá se destacar na produção. Quando o vestido é bordado, todo o resto tem que ser menos. Daniel diz ainda que muitas mulheres pecam ao escolher a altura do salto. “Muitas vezes escolhem saltos muito altos, que não dão conta de ficar com ele durante toda a festa e acabam tirando os sapatos”.

Barbara Bela

Quando se fala em tendências para vestidos de festas, o estilista é enfático, “neste tipo de roupa, não olhamos muito as tendências, como fazemos com as roupas casuais. Como os vestidos de festas são mais caros, devem ser atemporais, por isso quando se compra um, não necessariamente devemos seguir tendências. É sempre bom que ele tenha uma pegada clássica. Quanto aos tecidos, gosto muito dos vestidos em cetim duches, tecido muito nobre”, conclui.

A diretora criativa da Barbara Bela, Georgiana Mascarenhas, acha que as mulheres optam pelos longos para brilhar numa festa porque tem ares de sofisticação. “Não é toda vez que temos uma ocasião especial e glamourosa para usar um longo”.

Quanto às tendências, ela acha que se renovam. “Rendas e estampas estão sempre nas coleções. Exploramos muito o tecido armado, como o duchese, que está muito forte. Já o tule, chegou à exaustão. Usou-se muito, agora tem que saber onde colocá-lo, em alguns decotes, por exemplo, caem bem”.

Enfim, nesse universo, o mais importante é entender bem seu tipo fisco e estilo e, a partir, daí encontrar aquele lindo vestido para chamar de seu!

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por