Robert Scheidt e Fernanda Decnop representarão Brasil na classe Laser no Rio-2016

Estadão Conteúdo
13/08/2015 às 18:43.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:20

A Confederação Brasileira de Vela (CBVela) confirmou nesta quinta-feira mais dois nomes da equipe brasileira para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Um destes confirmados é Robert Scheidt, que aos 42 anos vai para a sua sexta participação em Olimpíadas na carreira. A entidade revelou os representantes da classe Laser e entre as mulheres a vaga é de Fernanda Decnop, de 28 anos, estreante na competição mundial.

Maior medalhista olímpico do Brasil, Robert Scheidt volta a disputar os Jogos na classe em que conquistou as suas duas medalhas de ouro (Atlanta/1996 e Atenas/2004), depois de passagem pela Star. A decisão de já anunciar os dois atletas foi tomada após avaliação do Conselho Técnico da Vela, baseada nos resultados obtidos por ambos nas principais competições em 2013, 2014 e 2015. Os dois velejadores estarão em ação com a equipe brasileira durante a Regata Internacional de Vela, que serve de evento-teste para os Jogos Olímpicos e será disputada de 15 a 22 deste mês, na Marina da Glória.

Robert Scheidt soma cinco medalhas olímpicas. Além dos dois ouros, são duas pratas (em Sydney/2000, na Laser, e Pequim/2008, na Star) e um bronze (Londres/2012, na Star). "É um orgulho muito grande voltar a representar o Brasil numa Olimpíada, pelo momento que estou vivendo. Uma honra e uma grande oportunidade, ainda mais por disputar os Jogos no Rio, diante da família, dos amigos e da torcida brasileira. A competição com certeza terá uma energia positiva enorme, e espero retribuir dando o meu melhor", afirmou.

O bicampeão olímpico voltou a competir na Laser depois que a Federação Internacional de Vela (ISAF) optou pela exclusão da Star do programa olímpico. "Na minha última Olimpíada na Laser, em Atenas, eu vivia um momento bem diferente. Vinha de uma sequência de competições nessa classe, sem interrupções, o que é importante para você crescer nas disputas. Eu sempre digo que a experiência conta muito. Passei dois ciclos olímpicos na Star, uma classe que, até por ser mais técnica, acrescenta muito conhecimento à Laser. Mas o passado não garante o futuro. Tenho muito trabalho pela frente, muitos detalhes a aprimorar, para chegar ao Rio, em 2016, com boas chances de subir ao pódio mais uma vez", avaliou.

Bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, em julho, Fernanda Decnop é uma das atletas da nova geração da vela brasileira. No Rio, em 2016, será uma das velejadoras que tentará recolocar o Brasil no pódio após o terceiro lugar obtido por Fernanda Oliveira e Isabel Swan na classe 470 feminina, em Pequim. "Foi um trabalho muito duro para obter esta vaga. Por ser uma Olimpíada em casa, fico ainda mais feliz. Agora é trabalhar para conseguir uma medalha, representar bem o meu país numa edição que será especial por ser no Rio, com família e amigos por perto. Vai ser uma experiência incrível", disse.

Robert Scheidt e Fernanda Decnop se juntam a outros sete velejadores já garantidos nos Jogos Olímpicos do Rio. São eles: Martine Grael e Kahena Kunze, na classe 49erFX; Jorge Zarif, na Finn; Patricia Freitas, na RS:X feminina; Ricardo Winicki Santos, o Bimba, na RS:X masculina; e Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan, na 470 feminina. Todos estarão na disputa do evento-teste no Rio.

OUTRAS VAGAS - Para definir os representantes no Rio-2016, a CBVela adotou o critério de avaliação do desempenho nas principais competições nacionais e internacionais em 2013, 2014 e 2015. Por meio de análises dos resultados, o CTV define o representante. Para fechar a equipe, faltam as classes 470 masculina, 49er e Nacra 17.

Nas duas primeiras, a vaga deve ser definida nas raias olímpicas da Copa Brasil de Vela, em Niterói (RJ), em dezembro. Porém, existe a possibilidade de uma classificação antecipada. No Mundial de 470, em Haifa, em Israel, caso uma das duplas se posicione dentro do Top 15 com o dobro mais um de posições à frente da outra, garante o lugar.

A 49er segue o mesmo critério para o Mundial, mas com uma outra possibilidade de classificação antes da Copa Brasil de Vela. Caso uma das duplas chegue à frente no Sul-Americano e no Mundial, ambos disputados em Buenos Aires, na Argentina, em novembro, fica com a vaga nos Jogos. A Nacra 17 terá como eventos finais o Sul-Americano, em dezembro, no Rio, e a Copa Brasil de Vela.

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