(Marina Proton)
O Tupi já respira 2016. Prova disso é que a diretoria do clube de Juiz de Fora movimenta-se nos bastidores para garantir a permanência do técnico Leston Jr. na próxima temporada.
Porém, a missão dos dirigentes não será fácil. De acordo com o vice-presidente do Tupi, Clóves Santos, o treinador será muito assediado nos próximos meses, e segurá-lo exigirá muito esforço.
“Queremos ficar com ele (Leston), mas sabemos que vamos ter muita concorrência, devido a valorização. É preciso que tenhamos calma”, diz ele.
Em relação à contratação de novos atletas e manutenção da base atual que conquistou o acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro, Clóves diz ser difícil entrar em leilão pelos jogadores. Segundo ele, o clube continuará honrando com os compromissos e não gastará além do que arrecada.
Para se ter ideia da realidade do alvinegro, hoje a diretoria pratica o teto salarial de R$ 5 mil para os atletas e recebe R$ 65 mil mensais de patrocínios.
Pausa na festa
Treinar, concentrar, jogar e viajar. Nem a vaga na Segunda Divisão do ano que vem mudou a rotina do clube de Juiz de Fora. Em meio à euforia pela conquista do acesso, garantido na segunda-feira com a vitória por 2 a 1 contra o Asa-AL, a ordem no alvinegro é ter como nova meta o título da Série C.
Pela programação, os herois do Tupi seriam recepcionados com festa pela torcida na chegada à cidade, na noite de terça. Os jogadores voltam aos treinos nesta quarta, na Zona da Mata, e se preparam para o primeiro confronto da semifinal, contra o Londrina. O jogo contra o Tubarão será no próximo sábado, às 19h30, no Estádio Radialista Mário Helênio.
“Resolvemos fazer apenas um jantar íntimo com os familiares, já que os jogadores estão há 15 dias longe de casa, e saudar os torcedores rapidamente. Amanhã (nesta quarta) voltaremos aos treinos”, disse o vice-presidente do clube, logo após o desembarque da delegação no Rio de Janeiro.
Questão de prioridade
Sem a garantia da permanência da comissão técnica e da maioria dos jogadores, a diretoria não fará altos investimentos para a disputa do Campeonato Mineiro do ano que vem.
Fiel à postura dos últimos anos e repetindo a estratégia da maioria dos clubes do interior, o Tupi fará um time modesto no Estadual e se focará no segundo semestre do ano.
“Quando os estaduais acabam, temos mais condições de ir ao mercado”, explica Clóves. “Manter a base atual é complicado porque não temos orçamento para 12 meses, como os grandes clubes. Porém, se pudermos, iremos mantê-la, é claro”, concluiu.