Sem chuvas, Brasil volta a correr risco de apagão e racionamento em 2016

Folha Press
04/04/2015 às 18:49.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:30
 (Manoel Marques/Imprensa MG)

(Manoel Marques/Imprensa MG)

Apesar das medidas adotadas e do atual cenário político, ninguém se arrisca a descartar por completo um racionamento. "Não sabemos ainda qual a efetividade das medidas nem como será o período seco", afirma o presidente da Comerc, Cristopher Vlavianos.

A única certeza é que se a queda no consumo não for suficiente e os reservatórios chegarem em novembro com níveis próximos de 10%, o País terá novamente de contar com a ajuda de São Pedro para que as chuvas consigam recuperar as represas das hidrelétricas.

Caso contrário, em 2016, o governo estará novamente correndo risco de racionamento e, para piorar, ameaçando todo o esforço na área fiscal feito neste ano. Além disso, o consumidor estará sobrecarregado com os consecutivos aumentos de energia promovidos desde o ano passado.

"Hoje a política é gerar energia a qualquer custo. Daqui a pouco vai haver inadimplência entre os consumidores", diz o diretor da CMU Comercializadora, Walter Fróes. Segundo ele, a alta de preços administrados tem um efeito diferente na sociedade do que o encarecimento de outros produtos. "Se o preço da carne sobe, o consumidor para de consumir. Já na energia elétrica, a conta vem depois pegando o consumidor de surpresa." 

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