Varanda democrática é construída em Belo Horizonte

Letícia Alves - Hoje em Dia
22/05/2015 às 06:25.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:09
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A tradicional varanda mineira, lugar aconchegante para tomar um café quentinho, terá espaço reservado no Centro de Belo Horizonte. Diferentemente da área típica dos casarões coloniais, a estrutura contemporânea irá ocupar vagas de estacionamento. A primeira está sendo instalada na rua Goitacazes, entre as ruas Rio de Janeiro e Espírito Santo.

A inspiração vem dos chamados “parklets”, pequenas áreas de convivência que ganharam popularidade em São Francisco, nos Estados Unidos, e que hoje se disseminam pelas metrópoles brasileiras.

Em BH, as obras da primeira “varanda urbana” foram iniciadas nesta quinta-feira (21), com a instalação das primeiras peças do tablado. A estrutura, patrocinada por empresas, pode permanecer no local por até dois anos. A autorização é renovável a cada 24 meses. Uma estrutura na Savassi, que serviu de projeto-piloto, no início do mês, já foi desmontada.

Quando for finalizado, o parklet da Goitacazes terá mesas, bancos, jardins, bicicletário e pontos de energia para carregar equipamentos eletrônicos, tudo em uma área 22 m² aberta ao público.

Outra varanda está prevista para a avenida Bandeirantes, no bairro Mangabeiras, na zona Sul. A inauguração do espaço, de 15 m², acontecerá entre 15 e 20 de junho.

Autorização

A instalação das primeiras varandas urbanas foi estabelecida por meio de decreto. As empresas patrocinadoras são responsáveis também pela manutenção dos equipamentos.

As duas primeiras varandas da cidade contam com investimentos da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) e de comerciantes próximos aos locais de instalação.

“Essa é uma maneira de transformar a experiência de frequentar a rua mais interessante e mais agradável”, afirma o vice-presidente da CDL-BH, Marcos Innecco Corrêa

Sustentável

Além de ser mais um espaço de convivência na cidade, as duas primeiras varandas são sustentáveis. As estruturas terão placas fotovoltaicas para captação de energia solar.

Em vez de madeira, serão utilizados ecoblocks, material sustentável feito a partir de resíduos de plástico da indústria. “A cada 700 kg de piso instalado, deixamos de derrubar uma árvore e ainda limpamos a natureza”, explica o designer de produto responsável pela execução dos projetos, Edson Louback.

Os parklets propiciam espaço de convivência para até 12 pessoas; interessados em instalar devem pagar taxa de R$ 92 e submeter o projeto a análise da prefeitura
 

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