Imagem de vírus feita na UFMG é eleita uma das melhores do ano por publicação internacional

Da Redação
21/12/2018 às 14:08.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:41
 (Centro de Microscopia da UFMG)

(Centro de Microscopia da UFMG)

A revista científica britânica Nature elegeu uma imagem feita por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais como uma das melhores fotografias científicas de 2018. Trata-se do tupanvírus, meior e mais complexo vírus já descrito e que foi identificado e estudado pelos pesquisadores da UFMG.  

“Para nós foi uma grata surpresa. É uma conquista não só da UFMG, mas do Brasil, por ser vírus isolado e descoberto aqui, e que hoje está entre os mais importantes descritos no mundo”, comenta o professor Jônatas Abrahão, do Departamento de Microbiologia do ICB, coordenador do grupo responsável pela pesquisa.

A imagem foi capturada no Centro de Microscopia da UFMG, pela técnica de microscopia eletrônica de varredura. A amostra foi preparada pela pesquisadora Thalita Arantes, e a imagem foi obtida pelo microscopista Breno Barbosa Moreira, servidor do quadro permanente da UFMG.  

O tupanvírus está descrito em artigo publicado no início deste ano na Nature Communications. Segundo Abrahão, todos os revisores do artigo ficaram impressionados com a qualidade das imagens obtidas na UFMG e com a beleza do vírus.

O professor destaca a importância do Centro de Microscopia: “A base de toda a nossa pesquisa é feita lá. Um centro multiusuário de excelência, de baixo custo, e que oferece uma fantástica qualidade das imagens.

Descoberta

Ao lembrar que a seleção da Nature considera não somente a estética e a qualidade da imagem, mas também a relevância da descoberta, Abrahão ainda explica que o tupanvirus é um dos mais importantes vírus descritos no mundo. “É um vírus completamente diferente, com um arsenal de genes nunca vistos antes – ele é extremamente autônomo, com um genoma gigante, sem dúvida nenhuma é o maior já descrito e o mais complexo”, descreve.

Encontrado nas amebas, o tupanvirus possui tanto a cauda mais longa quanto o maior conjunto de genes envolvidos na produção de proteínas de qualquer vírus conhecido. De acordo com o pesquisador, ele suscita questões a respeito da origem da vida e da origem dos vírus de maneira geral.

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