Mário Gobbi comemora decisão da FPF de permitir torcida corintiana no clássico

Estadão Conteúdo
06/02/2015 às 20:06.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:56

Enquanto o presidente do Corinthians, Mário Gobbi, concedia entrevista coletiva no CT do Parque do Ecológico, nesta sexta-feira (6), e reafirmava que o time alvinegro não iria a campo caso o clássico de domingo contra o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista, no estádio do adversário, fosse disputado apenas com a presença com a torcida do arquirrival, a diretoria do Palmeiras anunciou que vai enviar a carga de ingressos exigida pelo dirigente. A reviravolta foi comemorada por Gobbi.

"Quero agradecer ao presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, e ao presidente do Palmeiras, Paulo Nobre. Vamos tratar isso como um equívoco resolvido quando os ingressos chegarem. Que seja um baita clássico", disse.

Antes de ser avisado que o Palmeiras mandaria os ingressos para o Corinthians, Gobbi acusou Nobre de agir nos bastidores com o vice-presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, para barrar a presença dos corintianos no clássico. "O presidente da FPF não teve pulso e não exerceu o seu poder de dar os ingressos para o Corinthians. O Corinthians não merecer ser tratado como moleque, como foi. O Corinthians tomou um passa moleque do presidente da FPF e do Palmeiras", disse.

De acordo com Gobbi, o Palmeiras não estava respeitando a regra vigente de dar 5% da cota de ingresso à torcida visitante. "Se o intuito era implantar jogo com torcida única, isso deveria ser feito de uma maneira diferente. Argumentei (com o presidente da FPF) que não era faltando três dias para o clássico, na calada da noite, sorrateiramente, nos bastidores, que ia se mudar uma regra milenar. Clássico sempre teve torcida meio a meio e depois passou para regra do 5%. Na Arena nos recebemos as torcidas do Palmeiras, Santos e São Paulo", afirmou.

Segundo Gobbi, o presidente do Palmeiras disse a ele que receber a torcida do Corinthians no clássico de domingo causaria prejuízo ao seu clube. "Paulo Nobre me disse que o estádio dele não foi feito para receber torcida visitante e para isso ele deixaria de vender 12 mil cadeiras. É um prejuízo que ele não pode arcar. Eu disse a ele que o barato poderia sair muito caro", disse.

Para o presidente do Corinthians, a decisão de impedir a presença de torcedores do Corinthians não vai conter a violência no futebol. Ele acredita, inclusive, que os problemas de conflitos de torcedores poderão aumentar. "Falei que a torcida do Corinthians não aceitaria ficar fora do clássico e isso iria gerar uma revolta muito grande. Você pode até não ter violência no estádio, mas vai ter nos arredores", afirmou.

Gobbi também afirmou que se sentia traído por Paulo Nobre. "Fico muito triste com o Paulo Nobre. Tinha o Nobre como meu amigo. Tive o Alan Kardec na minha, não o fiz por respeito e lealdade ao Nobre. Com o Dudu, ele foi ético. Com o Leandro (da Chapecoense), ele falou que nós estávamos no negócio, mas que a comissão técnica queria e eu disse que poderia ser feliz".

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