Atlético perde para o Atlas e terá dura missão para avançar às oitavas

Wallace Graciano - Hoje em Dia
16/04/2015 às 00:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:39
 (Hector Guerrero)

(Hector Guerrero)

O espírito de “eu acredito” precisará de voltar no torcedor alvinegro na última rodada do Grupo 1 da Libertadores. Em um jogo que tinha tudo para deixar encaminhada a classificação às oitavas do torneio continental, o Atlético se mostrou desorganizado e foi superado pelo Atlas por 1 a 0, na noite desta quarta-feira (15), em Guadalajara. Arturo González anotou o único gol da partida, que ressuscitou os mexicanos e deixou o Galo em situação complicada.   Com a derrota, o Atlético se manteve em terceiro lugar no Grupo 1 da Libertadores, com seis pontos. O resultado foi ainda pior porque o Santa Fe goleou o Colo-Colo, no Chile, por 3 a 0. Com o triunfo, os colombianos igualaram os chilenos em número de pontos (9), mas tomaram a ponta dos andinos graças ao saldo (3 contra 1).   Como deve um gol no saldo e anotou menos tentos ao longo da primeira fase (8 contra 3), o Atlético precisará bater o Colo-Colo por dois gols ou mais de diferença para avançar às oitavas da Libertadores. A “final” entre os clubes será disputada na próxima quarta-feira (15), no Independência, a partir das 19h45. Na mesma data e horário, o Atlas visitará o Santa Fe no estádio El Campín, em Bogotá, na Colômbia.    Antes, porém, o Atlético terá outra decisão. Essa pela semifinal do Campeonato Mineiro. No próximo domingo (19), o Galo visita o Cruzeiro, no Mineirão. A partida terá pontapé inicial às 16 horas.   INERTE   A evolução contínua nos últimos jogos pela Libertadores deixou no torcedor alvinegro a esperança de que o Galo conseguiria ter uma bela apresentação em Guadalajara. Porém, na primeira etapa, o Atlético se mostrou uma versão caricata de outrora.    Mal distribuído em campo, o time alvinegro chegava ao ataque por chegar. O jogo não era pensado. Assim, até mesmo a fraca defesa do Atlas conseguia interceptar as ofensivas alvinegras, que basicamente vinham pelo meio.   Aqui fica também registrada a falta que Marcos Rocha fez. O lateral é um dos responsáveis por ditar os ânimos do Atlético quando o clube está perdido em campo, sempre oferecendo boas alternativas, seja pelas laterais ou cortando em diagonal. Patric, seu substituto, pouco fez na etapa inicial.   Atrás, o Atlético foi tão desorganizado quanto. A zaga alvinegra não se encontrou quanto ao posicionamento, principalmente porque os volantes não auxiliavam na marcação. Não à toa, precisou contar com dois milagres de Victor. Aos 22, o arqueiro salvou uma bola à queima-roupa. Três minutos depois, fez uma belíssima ponte para mandar para fora uma cabeçada de Barragán.   Porém, nem sempre o "santo" faz milagre. Aos 39, Castillo recebeu na ponta-esquerda e tocou para a meia-lua. Rafael Carioca errou no corte e a bola sobrou limpa para Arturo González, que disparou rumo à meta de Victor para abrir o marcador. 1 a 0, placar que continuou inalterado até o intervalo.   INEFETIVO   A situação não mudou muito na etapa complementar. O Atlético voltou desordenado, sem saber como “achar a mina” em meio aos espaços dados pelos mexicanos. Parecia que as ofensivas eram aleatórias.    Tanto foi que até os 30 minutos o Galo não assustou o goleiro mexicano Vilar. Victor, por sua vez, teve de suar a camisa para proteger a meta alvinegra. Além dos chutes perigosos que tomaram a linha de fundo como rumo, o arqueiro atleticano precisou se virar para evitar que a finalização de Keno balançasse a rede, aos 32 minutos. O "santo” ainda contou com o sorte quando Álvarez acertou a trave no rebote.    Na melhor oportunidade real que teve para empatar o jogo, o Atlético decepcionou. Aos 36 minutos, Luan deixou Carlos de frente para o crime. Porém, o atacante chutou para longe, mesmo com Vilar praticamente batido.    Pouco depois, aos 42, a jovem promessa alvinegra voltou a perder outra chance cara a cara com o arqueiro mexicano, que soube abafá-lo. Na cobrança de escanteio, Vilar voltou a aparecer bem e defendeu um chute rasteiro cruzado de Luan.    Porém, já era tarde para reagir. Após os sustos, o Atlas se fechou e impediu que o Galo conseguisse a igualdade.   Antes mortos, os mexicanos irão para a rodada final tentando o último suspiro contra o Santa Fe. Já o Atlético, que tinha tudo para sair vivo do embate desta noite, precisará contar com mais uma noite milagrosa, que se tornou rotina no clube, para sobreviver na Libertadores.    DESORGANIZADO O Atlético demorou a se encontrar em campo. Atacava de forma desordenada e só conseguiu assustar os mexicanos na base do “abafa”, já no final da partida.   A VOLTA DO “EU ACREDITO” O Atlético precisará tirar dois gols de diferença diante do Colo-Colo, na próxima quarta-feira (25), assim como se acostumou nas últimas decisões de mata-mata.   FICHA TÉCNICO ATLAS 1 X 0 ATLÉTICO   ATLAS: Federico Vilar, Venegas, Enrique Pérez, Kannemann, Edgar Castillo; Juan Medina, Aldo Ramírez, Arturo González, Daniel Álvarez (Hernández) e Carlos Ochoa (Keno); Barragá (Suárez).  TÉCNICO: Tomás Boy   ATLÉTICO: Victor, Patric, Edcarlos, Jemerson, Douglas Santos; Leandro Donizete (Cárdenas), Rafael Carioca; Luan, Dátolo (Danilo Pires) e Carlos; Lucas Pratto (Guilherme). TÉCNICO: Levir Culpi   GOL: Arturo González (aos 39' do 1º tempo) DATA: 15 de abril de 2015 MOTIVO: Jogo válido pela quinta rodada do Grupo 1 da Copa Libertadores ESTÁDIO: Jalisco LOCAL: Guadalajara (MEX) ÁRBITRO: Patricio Loustau (ARG) AUXILIARES: Gustavo Rossi (ARG) e Diego Bonfa (ARG) CARTÕES AMARELOS:  Daniel Álvarez (Atlas); Dátolo, Patric e Leandro Donizete (Atlético)

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