Mesmo no Carnaval, PM garante ter como agir em caso de evacuações de emergência por barragens

Bruno Inácio
25/02/2019 às 18:06.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:43
 (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

(Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Apesar do reforço que as cidades mais tradicionais, como Ouro Preto, na região Central, e Belo Horizonte precisam do policiamento durante o Carnaval, a Polícia Militar (PM) garante que, em caso de evacuações de emergência por causa de perigo de rompimento de barragens, há efetivo suficiente para atender as demandas.

Passado um mês da tragédia da Vale, o major Flávio Santiago, porta-voz da corporação, afirmou, em entrevista coletiva nesta segunda (25), em Brumadinho, na Região Metropolitana da capital, que o serviço é garantido porque as forças de segurança montaram grupo “colegiado” de trabalho.

“Esse colegiado que se formou importante do Estado, com a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, com a Polícia Civil e a Polícia Militar (PM), nós estamos em franco diálogo, igual aconteceu na última semana quando tivemos que bloquear momentaneamente a BR-356”, afirmou.

Segundo o major, já está acertado o reforço do policiamento nas cidades onde a folia oficial demanda mais militares. O aditivo será de homens e mulheres de municípios do interior. O número oficial, contudo, não foi detalhado.

Santiago também afirmou que, por estar mais próxima das comunidades, normalmente a PM chega primeiro na necessidade de evacuações e que, mesmo que sejam tomadas medidas que ele classificou como “polêmicas”, como a interdição de BR’s, elas devem ser mantidas.

“Sempre que tivermos essa necessidade em que o grau de um (de estabilidade de uma barragem) passar para o dois, de risco, nós teremos que fazer essa evacuação”, disse.

Brumadinho

Sobre a tragédia da Vale, o porta-voz disse que não houve ocorrências de saques de residências neste mês. Segundo ele, contudo, a corporação ainda tem tido trabalho com pessoas que tentam furar os pontos de bloqueio feitos pelos Bombeiros, entrando em áreas de risco.

“Temos trinta dias da tragédia, mas mesmo assim, as áreas de risco continuam como áreas de risco. Por isso, a PM continua com os pontos de bloqueio, que devem ser respeitados”, afirmou.

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