(Dimitar Dilkoff)
Pela segunda vez na história, a Seleção Brasileira terá a Croácia como adversária na estreia da Copa do Mundo. Em 2006, a equipe canarinho teve dificuldades de ultrapassar os bálcãs. Um gol solitário de Kaká deu a vitória para o Brasil, em uma partida que ficou marcada pela rigidez defensiva do adversário. Desta vez, porém, a promessa é de que Neymar e companhia terão um pouco mais de facilidade no duelo que abre o Mundial.
Niko Kovac ainda briga para ter equilíbrio em sua equipe. Seu maior pesadelo está no setor ofensivo. Entre as seleções europeias, a Croácia foi quem menos gols anotou na caminhada rumo ao Brasil. Não bastasse isso, o comandante não contará com o faro de gol de Mandzukic, que está suspenso. O brasileiro naturalizado croata Eduardo Silva e o dianteiro do Hull City Jelavic disputam a posição. Nenhum dos dois, porém, inspira confiança para substituir o artilheiro do Bayern de Munique e fazer dupla com o veterano Olic.
Se o ataque é um problema, Kovac tem seu meio-campo como grande trunfo. No setor, ele dispõe do talento de uma geração comandada por Luka Modric. Atuando como segundo volante no Real Madrid, ele ganhou o status de “motorzinho” da equipe merengue, por sempre ditar os rumos da partida com passes precisos.
Ao seu lado, estará Mateo Kovacic. O meia chegou à Inter de Milão quando mal tinha completado 18 anos de idade. Aos poucos, ganhou confiança e sequência de jogos na equipe “nerazzurra” e passou a mostrar seu potencial. Ágil, tem no drible curto sua principal característica.
Outro fator que poderá ser decisivo para o sucesso ou não dos croatas será os flancos do gramado da Arena Corinthians. Srna é desses laterais que costumam chegar com qualidade à linha de fundo. Menos ofensivo, mas preciso na função, Vrsaljko é promessa de bolas alçadas na cabeça de Olic ou quem mais estiver ao seu lado no ataque. Como Felipão vem reclamando de suas alas, é certeza de que teremos um bom jogo por ali.
Provável escalação: Pletikosa, Srna, Corluka, Lovren, Vrsaljko; Rakitic, Modric, Kovacic, Perisic; Olic e Jelavic (Eduardo Costa). Técnico: Niko Kovac
Ponto forte
A Croácia tem um meio-campo voluntarioso. Apesar da qualidade técnica de Modric e Kovacic, todos marcam no setor. Para passar por ali, a Seleção Brasileira terá muito trabalho.
Ponto fraco
Poder de fogo em baixa. Olic já foi um atacante perigoso. Hoje, não tem mais o preparo físico de outrora. Sem a presença de Mandukic, o ataque croata mete pouco medo.
Olho nele
Modric. É um jogador que faz da técnica sua maior virtude. Tem lançamentos precisos. Pode desequilibrar uma partida truncada, como promete ser o duelo desta quinta
Raio x
Retrospecto em Copas do Mundo
Participações - 3
Melhor colocação - 3º lugar, em 1998
Jogos - 13
Vitórias - 6
Empates - 2
Derrotas - 5
Gols pró - 15
Gols contra - 11
Artilheiro - Davor Suker (1998) – 6 gols
Quem mais jogou - Dario Simic (1998, 2002 e 2006) – 11 jogos
Como chegou ao Brasil
Eliminou a Islândia na repescagem das Eliminatórias europeias
Campanha nas Eliminatórias
Jogos - 12
Vitórias - 6
Empates - 3
Derrotas - 3
Gols pró - 14
Gols contra - 9