Calendário de papel vira objeto de culto

Vanessa Perroni - Hoje em Dia
21/12/2014 às 11:43.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:27
 (A Dupla/Divulgação)

(A Dupla/Divulgação)

Em tempos virtuais, nos quais as pessoas carregam dispositivos de toda a sorte em um único aparelho, o calendário de papel – veja só – não só resiste, como ganha status de objeto cult. Em destaque nas mesas de trabalho ou nas residências, virou um mimo disputado. Não bastasse, alguns assumiram ares de obra de arte – e descartá-los, quando o ano termina, não é tarefa das mais fáceis. “Sempre que um artista que admiro lança um, eu compro. Tenho um do Laerte, deste ano, e não tenho coragem de me desfazer”, confessa a jornalista Liliane Pelegrini, que, ao lado do marido, o fotógrafo Élcio Paraíso, já lançou dois calendários “do bem” em BH, na série: “Amigo não se compra. Adote e faça a diferença!”.    E quem poderia imaginar a cantora Aline Calixto em um momento Sophia Loren? A produtora Liliane Barros Marty fez mais: imprimiu a imagem no “Calendário do Bem 2015” que este ano teve ensaio inspirado em musas dos anos de 1930 a 1970.   Já o “Flor Amarela 2015” se inspira no filme “Garotas do Calendário”, de 2002, com a intenção de ajudar o próximo, no caso a escola Flor Amarela, em São Vicente de Minas.    Coletivo Calcinha de Palhaça dedicou cada mês do ano a um ponto icônico de BH   O coletivo mineiro Calcinha de Palhaça também se enveredou pelo mundo dos calendários – e acaba de lançar a versão 2015, celebrando a vida e a ocupação dos espaços urbanos. Para tal, as palhaças invadiram pontos tradicionais de Belo Horizonte. “Este ano, trouxemos locais e movimentos importantes da cidade, como a Praia da Estação e o Duelo de MC’s. E cada foto vem acompanhada de uma piada”, conta a atriz Débora Guimarães, uma das integrantes.   Apaixonada por animais, a jornalista Liliane Pelegrini teve a ideia de produzir o seu calendário em 2011, como uma forma de arrecadar renda para entidades que se dedicam à causa animal. “Queremos também incentivar a adoção de animais”, explica ela. A última edição contou com pessoas comuns e formadores de opinião que compartilharam suas histórias de amor e respeito pelos amigos peludos. Entre eles, Fernanda Takai e John Ulhoa, ambos do grupo Pato Fu, e o artista plástico Rogério Fernandes.   O “Calendário do Bem”, a citada iniciativa de Liliane Barros Marty que traz a imagem de Aline Calixto nesta edição, já contabiliza dez 10 anos. A renda arrecadada é revertida em presentes de Natal para crianças carentes de várias cidades. São 800 impressões, vendidas a R$ 30, cada. “É o segundo ano que participo do calendário, a causa é muito bacana”, endossa Aline, que não abre mão de ter um calendário físico à mão.    O “Flor Amarela”, iniciativa de São Vicente de Minas, traz fotos de sete mulheres, com idades entre 46 e 72 anos. Toda a renda arrecadada com a venda dos calendários será revertida para a escola que leva o nome da empreitada. “A cidade é pequena, e isso causou um grande impacto, mas positivo. Além de ajudar as crianças, o calendário serviu para aumentar a autoestima das mulheres”, avalia a diretora da escola, Renata Vilhena que também posou para as  fotos da iniciativa, avalizada pelo jornalista Pedro Bial, que assina o texto de apresentação.

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