Bahia treina sob proteção da PM; Civil investiga agressores de Maxi

Gazeta Press
30/07/2014 às 18:02.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:35
 (Divulgação)

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Após as derrotas por 3 a 0, para o Corinthians, na Copa do Brasil, e 1 a 0, para o Internacional, no Campeonato Brasileiro, a pressão aumentou no Bahia, que agora é o atual penúltimo colocado da Série A, com apenas nove pontos conquistados. A cobrança, por parte da torcida, passou dos limites com o apedrejamento do carro do atacante Maxi Biancucchi, que saía do Fazendão após o treinamento na noite de segunda-feira (28).   O caso chegou à Polícia Militar, que marcou presença na última terça-feira no CT do Tricolor para garantir a segurança dos jogadores durante as atividades e prometeu prender os culpados.   “A Polícia Civil já iniciou as investigações, usando imagens das câmeras de segurança, para se chegar aos culpados. Nós, da Policia Militar, garantimos a segurança para que os jogadores possam trabalhar em paz. O policiamento já existe no local, mas, em decorrência do ocorrido, foi intensificado. E foi um dia tranquilo. Na quarta (hoje), as ações voltam ao normal, mas estamos alertas para, a qualquer necessidade ou denuncia, reforçarmos o policiamento outra vez”, explicou o Major Sérgio Simões, que comandou as ações em Itinga.   O susto vivido pelo atacante argentino deu origem às reações e desabafos de pessoas próximas ao jogador. Companheiro de clube, o zagueiro Demerson percebeu a tensão de Biancucchi nos trabalhos de terça-feira e pediu calma à torcida neste momento complicado que o Bahia vive.   “Não tinha como não chegar tenso. Se a torcida cobrar de forma pacífica, não será necessária a polícia na porta do CT. Quando acontece este tipo de cobrança, com violência, perde-se a tranquilidade para trabalhar. Ninguém, em área nenhuma, gostaria de passar por isso”, disse o zagueiro, que completou: “O que aconteceu com Maxi foi assustador. Lamentáve. Para uma esposa e uma família, é complicado. Vamos cobrar de forma pacífica. É assim que todos nós juntos vamos dar a volta por cima”.   Pelas redes sociais, a esposa do argentino também pediu paz: “Eu entendo desconformidade e manifesto de parte dos torcedores. Mas, não atos de vandalismo. Isso não pode acontecer nunca. Ninguém merece! Isso não é torcer. Isso foi criminal. Nem quero imaginar se minhas filhas (duas) estivessem dentro do carro. O mais importante é a vida. Graças a Deus meu esposo está bem”.   Vítima no caso, Maxi Biancucchi não guarda rancor da torcida e afirmou estar motivado para iniciar a recuperação do Bahia na Série A: “Quero deixar isso para trás. Não vai abalar minha relação com o Bahia. Respeito muito o clube e sei que todos aqui têm respeito por mim. É injusto acusar a torcida. O episódio foi por culpa de poucos indivíduos, que nem sei se são torcedores. Minha cabeça está só em tirar o Bahia desta situação. Vou dar a volta por cima”.   Para fazer as pazes com os fanáticos torcedores do Tricolor, o Bahia buscará a vitória em seu próximo compromisso, contra o Palmeiras, no domingo, às 16 horas, no Pacaembu, pela 13ª rodada do Brasileirão.

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