Relatório brasileiro aponta 'fuga' de delegada da Davis na Argentina

Folhapress
20/03/2015 às 14:15.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:25

A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) enviou nesta quinta-feira (19) um relatório à federação internacional no qual denuncia problemas ocorridos no confronto contra a Argentina, pelo Grupo Mundial da Copa Davis. No documento, a entidade brasileira critica a Associação Argentina de Tênis (AAT), responsável pela organização do duelo (realizado entre 6 e 9 deste mês), e a própria federação internacional, que organiza a Davis. O Brasil perdeu o encontro por 3 a 2 e disputará a repescagem para permanecer no Grupo Mundial, em setembro.   A principal crítica é em relação ao comportamento da delegada designada para o confronto, a inglesa Christina Hemming. Embora a disputa tenha sido estendida até a segunda-feira devido à paralisação da última partida, entre Thomaz Bellucci e Federico Delbonis, Christina não compareceu neste último dia. "Nós fomos procurar o que aconteceu, e recebemos comunicado que ela foi para Londres. Além disso, era uma representante de pouca experiência. Ela simplesmente não ia à quadra", afirmou à Folha Rafael Westrupp, superintendente da CBT.   Na segunda-feira (9), último dia da disputa, a AAT liberou entrada franca na quadra montada no complexo Tecnópolis, que tinha capacidade para 8 mil espectadores. Segundo Westrupp, não existe determinação nos regulamentos da federação internacional que verse sobre abertura de portões. No entanto, ele disse que a área determinada para a torcida brasileira foi ignorada.   Uma família brasileira e os pais do tenista João Souza, o Feijão, foram levados para o banco da equipe brasileira, por precaução. "A área destinada para os fãs brasileiros foi desrespeitada e invadida", complementou Westrupp.   Ele contou que, em janeiro, esteve na capital argentina para definir um mapa de assentos com a AAT. Na reunião, ficou decidido que os torcedores brasileiros teriam direito a 500 lugares. No dia do início do confronto, o local foi alterado à revelia da CBT. "Os torcedores ficaram atrás do banco argentino e em um nível inferior das tribunas. Jogaram água, pelo menos quatro. Registramos muitas coisas em foto e vídeo", disse.   O superintendente ressalta o fato de a torcida argentina não ter recebido nenhuma advertência do árbitro geral, o inglês Andrew Jarrett. Outro problema apontado foi a ausência do jogador argentino Leonardo Mayer à entrevista coletiva após a partida contra Feijão, que durou seis horas e 42 minutos. O comparecimento dos atletas é obrigatório, de acordo com as regras da federação internacional. "Nós entendemos o resultado, eles foram vencedores, mas esperamos que haja mais rigor. Agora, uma multa para a equipe argentina não muda nada, mas pelo menos fica registrado."  

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