A ordem para que o inglês Lewis Hamilton facilitasse a ultrapassagem de seu companheiro de equipe, Nico Rosberg, durante o Grande Prêmio de Hungaroring (Hungria), no domingo (27), continua repercutindo. Nesta segunda-feira, o presidente não-executivo da Mercedes, Niki Lauda, atribuiu a atidude da escuderia ao estresse causado pelas dificuldades da prova.
"A Mercedes está acostumada a ficar na liderança e deixar um competir contra o outro, mas essa corrida foi totalmente diferente do imaginado, por causa do safety-car no início e da chuva. A cada minuto precisávamos decidir algo diferente. E o estresse da equipe fez com a equipe pedisse a Lewis para deixar Nico passar, porque ele (Rosberg) estava com pneus mais macios", disse.
O tricampeão mundial utilizou a mesma justificativa que Lewis Hamilton apresentou após a corrida para eximir o inglês de culpa: Rosberg não chegou tão perto de seu companheiro de equipe. "Se Nico estivesse em uma posição para usar o DRS (abertura da asa traseira), com certeza ele (Hamilton) o teria deixado passar"."'Por que eu devo parar agora no meio do circuito e deixar o meu colega passar?’ Ele está lutando pelo campeonato, de qualquer forma. Então, do meu ponto de vista, Lewis estava certo. E por que a ordem veio? Porque tivemos de compensar o que estávamos perdendo", completou Lauda.
Após a corrida, Hamilton - que terminou a prova na terceira posição, uma à frente de Rosberg, declarou-se "muito chocado" com a ordem, que foi dada pela Mercedes via rádio no momento em que Hamilton ocupava a quarta posição do grid e Rosberg, a quinta.
"Ele não chegou perto o suficiente para ultrapassar. Eu não ia desacelerar e perder terreno para o Fernando (Alonso) ou o Daniel (Ricciardo). Foi um pouco estranho", disse Hamilton.