A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) afirmou nesta quinta-feira (12), em um relatório, que é improvável que o glifosato, substância muito utilizada nos pesticidas, represente um perigo cancerígeno para o ser humano.
O relatório da EFSA servirá como guia para a Comissão Europeia que deve decidir se mantém ou não o glifosato, o herbicida mais produzido no mundo, na lista da União Europeia de substâncias ativas autorizadas.
Também servirá aos Estados membros no momento de reavaliar a segurança dos pesticidas que contêm glifosato.
A decisão contradiz a anunciada em março pela agência de combate ao câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considerou como cancerígeno "possível" ou "provável" cinco pesticidas, entre eles o glifosato.
O painel da EFSA e de especialistas dos órgãos de avaliação de riscos dos Estados membros estabeleceu uma dose máxima de referência para o glifosato, que não deve superar 0,5 mg por quilo de peso corporal.
"Esta é a primeira vez que tal exposição se aplica a esta substância", destacou a EFSA, que utilizará os "novos valores toxicológicos" quando reexaminar com os Estados membros em 2016 os limites máximos de resíduos nos alimentos pelo glifosato.