O América vai disputar a final do Campeonato Mineiro com o Atlético. O Coelho segurou o empate em 0 a 0, se valendo da vitória de 2 a 0, na primeira partida das semifinais. Com o resultado, o América volta a decidir um estadual após um jejum de quatro anos e tem a chance de voltar a levantar a taça, o que não acontece desde 2001, quando derrotou o próprio Atlético.

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Numa partida movimentada, o Coelho entrou em campo com o regulamento debaixo do braço, que lhe dava uma vantagem de dois gols. O Cruzeiro por sua vez, estava com a faca nos dentes e deu trabalho para para o time de Givanildo Oliveira. A equipe de Deivid até que abriu o marcador, com Bruno Rodrigo marcando de cabeça, mas o árbitro anulou incorretamente, alegando impedimento. 

Como era de se esperar em qualquer clássico, ainda mais numa decisão, sobraram cartões amarelos. Ao todo quatro para o América e quatro para o Cruzeiro. Mas apesar de nervosismo, a partida segiu sem lances violentos ou confusões. 

O destque da partida foi o goleiro americano, João Ricardo, que trabalhou bastante, sem dar chance para o ataque cruzeirense.

Primeiro tempo
O Cruzeiro entrou em campo com a obrigação de derrotar o América por dois gols de diferença e impôs o ritmo de jogo desde o começo. No entanto, o América parecia mais nervoso que o time celeste e não poupou o elenco de Deivid de faltas e catimbas que custaram dois cartões amarelos em menos de 15 minutos de jogo. 

Fechado, o Coelho se projetava apenas nos contra-ataques, apostando em lançamentos a longa distância, forçando o time do Cruzeiro a se movimentar muito para não deixar o setor defensivo desguarnecido.

A arbitragem pecou em pelo menos dois lances capitais no primeiro tempo. O lance mais polêmico da etapa incial foi aos 12 minutos, quanto Bruno Rodrigo subiu, numa cobrança de falta, e cabeceou sem dar chances para o goleiro João Ricardo. 
Apesar de o gol ter sido legítimo, o bandeira assinalou impedimento, que foi acatado pelo árbitro. Instantes depois Victor Rangel é lançado e cai na grande área pedindo pênalti, mas o árbitro manda seguir.

Apesar de pressionar muito, explorando as laterais, o Cruzeiro poucas vezes levou perigo ao gol do América. Élber teve duas oportunidades de abrir o marcador, mas se enrolou. Na primeira, rebebeu de Arrascaeta e subiu sozinho com chances de bater direto, mas preferiu tocar para Willian. 

Mas o passe saiu sem força e a defesa anulou o ataque. Na segunda oportunidade o atacante subiu do meio de campo em diagonal e quando deveria ter tocado para Alisson que estava livre preferiu carregar a bola e foi bloqueado pela zaga americana. 

A bola mais perigosa foi chutada com força por Fabrício, de fora da área, mas morreu nas mãos de João Ricardo.

No final do primeiro tempo, Leandro Guerreiro reclamou da atuação do Coelho. "Temos que segurar mais a bola, tocar mais, para evitar o sufoco", observou o volante americano. 

 Segundo tempo
As duas equipes voltaram sem modificações para a etapa complementar. No primeiro minuto de jogo, Arrascaeta tenta tirar a bola de Rafael Bastos que vira o pé. O atacante saiu de maca foi atentido e retornou ao campo, mas minutos depois sinalizou que não tinha condições de jogo. A torcida celeste reclamou que jogador tentava gastar tempo e acabaou sendo substituído por Ernandes.

O Cruzeiro continou mantendo a pressão, mas o América passou a segurar ou pouco mais a bola, tal como Leandro Guerreiro tinha reclamado. O time celeste continou subindo para o ataque, mas sem chance. Aos 12 minutos, o time da Toca teve três cobranças de escanteio, mas sem sem sucesso. A torcida começou a ficar impaciente cobrando raça do clube.

Na metade do segundo tempo, Deivid substituiu Pisano por Arrascaeta, apostando em lançamentos. Mas a mudança não deu muito certo, pois sem o homem forte no meio de campo, o Cruzeiro começou a errar passes, o que acabou dando espaço para que o América armasse suas jogadas de ataque. Pouco depois Alisson deixa o gramado para a entrada de Allano, para dar mais velocidade no ataque.

Aos 37 minutos finais, Fabrício, pega a sobra dentro da área e chuta cruzado, João Ricardo não consegue defender, mas a bola bate no travessão para o desespero da torcida cruzeirense.

O Time celeste não seu deu por vencido e continuou apertando a defesa americana. Pisano também teve a oportunidade de marcar, mas o chute rasteiro morreu na linha de fundo. Já nos acréscimos, Willian bate forte, mas o goleiro João Ricardo, que foi o melhor jogador em campo.

FICHA DO JOGO

CRUZEIRO
Fábio; Henrique, Burno Viana, Bruno Rodrigo e Fabrício; Ariel Cabral (Rafael Silva), Federico Gino, Arrascaeta (Pisano) e Élber; Willian e Alisson (Allano)
TÉCNICO: Deivid

AMÉRICA
João Ricardo; Pablo, Sueliton, Alison e Bryan; Leandro Guerreiro, Claudinei, Osman (Danilo) e Tony; Rafael Bastos (Ernandes) e Victor Rangel
TÉCNICO: Givanildo Oliveira

CARTÕES AMARELOS: Ariel Cabral, Willian, Pisano e Rafael Silva (Cruzeiro); Osman, Pablo, Bryan e Victor Rangel (América)

ARBITRAGEM: Igor Júnior Benevonuto, auxiliado por Sidmar dos Santos Meurer e Magno Arantes Lira

LOCAL: Mineirão

PUBLICO:  35.214 pantes e renda 

RENDA: R$ 659.308,50

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