Miniempresas abrem caminho para futuros grandes negócios

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
16/06/2014 às 07:22.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:01
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

Giuliana Rezende tem apenas 16 anos, mas já carrega a responsabilidade de ser a presidente de uma empresa, a “Vibezzz”, especializada na confecção de almofadas massageadoras para pescoço. Estudante do ensino médio, a jovem lida com conflitos entre funcionários, pesquisas de mercado e desempenho de vendas.


Explica-se: ao lado de 28 colegas de escola, ela participa do Programa Miniempresas, realizado pela associação educativa Junior Achievement Minas Gerais (JAMG) em parceria com o Sebrae. Neste ano, 350 adolescentes de escolas públicas e particulares de Belo Horizonte e Região Metropolitana e de projetos sociais foram selecionados. Nesse domingo (15), os trabalhos foram expostos e comercializados no Shopping Estação BH, em Venda Nova.


A experiência empreendedora – e precoce, vale ressaltar – mudou a concepção de negócio de Giuliana, que diverte-se com o nome escolhido para o empreendimento, uma alusão ao som da vibração do objeto.


“Foi um grande desafio, tivemos que lidar com conflitos e perceber que ser empresário é difícil. Apenas a costura das almofadas é terceirizada. O restante nós mesmos fazemos, inclusive, o circuito, que utiliza materiais recicláveis”, disse a minempresária.


Aprendizado


Segundo a gerente-geral da JAMG, Catarina Lutero, a proposta do programa é despertar nos jovens o espírito empreendedor, fazendo com que eles vivenciem, na prática, conceitos que desconheciam até na teoria.


“Eles precisam lidar com todas as etapas do processo, desde a elaboração do projeto e a captação de recursos até a venda do produto. Isso inclui os setores de recursos humanos, financeiro, marketing e produção. É um aprendizado completo”, afirmou Catarina.


Na Ecowallet, que produz carteiras utilizando caixas de leite, esse “pacote” foi bem aproveitado. Para a presidente da empresa, Rafaela Mendes, de 15 anos, a maior dificuldade foi a diversidade de opiniões, mas, no final, o reconhecimento e a valorização do trabalho da equipe de 25 alunos falou mais alto.


“Quando uma pessoa passa olhando, prestando atenção no nosso produto, ficamos satisfeitos. Ela vale pelas dez que às vezes nem reparam”.


De acordo com Catarina, resultados como esses são a meta do Miniempresas, que busca incentivar o surgimento de novos talentos no mercado por meio da educação empreendedora. “Sempre vemos talentos despontando, em todos os grupos. O jovem quando é estimulado responde à altura. Hoje, temos ex-alunos que são mantenedores do Junior Achievement, participando como acionistas das empresas que estão surgindo”, disse a gerente-geral.
 

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