
Pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde mostra um dado preocupante sobre a capital mineira. Os moradores de Belo Horizonte estão consumido açucar em excesso. Conforme o estudo, 20,8% da população ingere doces acima do recomendado. O índice é superior a média nacional, que é de 20,1%, ou um em cada cinco brasileiros.
No país, 22,1% das mulheres consomem doces, contra 17,6% dos homens. A faixa etária que mais abusa do açucar está entre os jovens com idades entre 16 e 24 anos (28,6%), seguidos dos que têm entre 25 a 37 anos (24,6%).
Com relação ao refrigerante, 19% dos brasileiros declaram que bebem refrigerantes ou suco artificial cinco vezes ou mais na semana. Entre os jovens, de 18 a 24 anos, o índice é ainda maior, próximo de 30%. Em BH o número é menor, uma vez que 18,9% confessaram que constumam ter a bebida na mesa.
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Diabetes
Os maus hábitos alimentares preocupam as autoridades e já são percebidos devido ao avanço de doenças crônicas, em especial o diabetes. A doença atinge atualmente 7,4% da população adulta, acima dos 5,5% registrados em 2006.
Na capital mineira o índice é ainda maior. Segundo o Ministério da Saúde 7,5% da população de BH tem a enfermidade. No país, o diabetes é mais frequente nas mulheres (7,8%) que nos homens (6,9%) e se torna mais comum com o avanço da idade.
“O crescimento do diabetes é uma tendência mundial, devido ao processo de envelhecimento da população, sendo diretamente ligado as mudanças dos hábitos alimentares e à prática de atividade física. A obesidade é um dos principais fatores de risco e precisamos conscientizar e educar cada vez mais nossas crianças e jovens para o cuidado precoce da saúde, evitando o adoecimento”, destaca o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
As doenças crônicas são responsáveis por 72% dos óbitos no Brasil. Os dados são da pesquisa Vigitel 2015 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).
Tratamento
Apesar do avanço do diabetes no país, o número de internações devido a complicações da doença reduziu 11,5% nos últimos cinco anos. Em 2015, foram 67,1 internações por 100 mil habitantes contra 75,9 por 100 habitantes em 2010. Ano passado, foram registradas 137,4 mil internações por agravos da doença no SUS, a um custo de R$ 92 milhões.
Para o Governo Federal, a redução das complicações é resultado de políticas voltadas à melhoria do atendimento na Atenção Básica e expansão do acesso à medicamentos.
*Com Agência Saúde