Título para coroar a reorganização liderada pelo novo comandante

Felipe Torres - Hoje em Dia
23/07/2014 às 08:40.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:29
 (André Brant)

(André Brant)

O presidente Alexandre Kalil sabia muito bem o que queria quando convidou Levir Culpi para assumir o comando do Atlético, em abril. O objetivo inicial era reorganizar a bagunça deixada pelo antecessor Paulo Autuori. Reforçar a hierarquia no clube, principalmente em relação às estrelas Ronaldinho Gaúcho e Diego Tardelli, viria a se tornar uma outra missão.

Assim, Kalil teria a certeza de que o Galo retomaria a trilha dos títulos. Levir chegou e logo impôs seu estilo. De cara, avisou que nenhum jogador atuaria com o nome, o que soou como um recado direto a R10 e DT9. O rendimento e os números pesariam na escolha dos titulares.

Aos poucos, o comandante conseguiu montar sua formação dentro de campo. E nesta quarta-feira (23), a partir das 22 horas, no Mineirão, ele poderá erguer sua primeira taça nesse retorno.

É bem verdade que se trata da Recopa, que coloca frente a frente, em dois encontros, os atuais campeões da Libertadores e da Sul-Americana, no caso o Lanús, da Argentina. O Galo venceu o duelo fora de casa, semana passada, por 1 a 0, e depende de um empate para sacramentar o feito inédito.

Se confirmar a façanha, será a segunda vez que Levir Culpi ganha a Recopa. Na edição de 1998, disputada somente no ano seguinte, o treinador comemorou com o arquirrival Cruzeiro, então vencedor da Libertadores de 1997. Os duelos foram contra os argentinos do River Plate, o representante da Supercopa.

A Raposa também começou bem o mata-mata, derrotando os oponentes (2 a 0), no Gigante da Pampulha. Müller e Geovanni marcaram os gols. A goleada fora, por 3 a 0, trouxe de vez o troféu a Belo Horizonte. Geovanni, Marcelo Ramos e Gustavo balançaram as redes de Bonano.

Título de expressão

Além de garantir um novo título internacional ao Atlético no intervalo de uma temporada, a conquista da Recopa motivaria o grupo alvinegro no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.

Levir Culpi ainda persegue uma taça de expressão no Galo. Nas duas trajetórias anteriores, levou a Série B do Brasileiro, em 2006, e os Campeonatos Mineiros de 1995 e 1997.

“O Paulo (Autuori) tentou impor algumas táticas e posicionamentos que, infelizmente, não deram certo. O Atlético tinha o jeito do Cuca, aquela bagunça organizada. E estamos jogando basicamente isso agora. Com o Levir, o time deu uma engrenada boa”, avalia o atacante Diego Tardelli.

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