Seleção Brasileira: Dois ciclos e seus personagens

Felipe Torres - Hoje em Dia
09/05/2014 às 09:41.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:30
 (CBF)

(CBF)

Empregar a palavra “ciclo” às vésperas ou no encerramento de um torneio esportivo de peso tornou-se quase obrigatório. Não seria diferente nesta Copa do Mundo. Após a desilusão na África do Sul, em 2010, dois comandantes deram as caras no banco de reservas da Seleção: Mano Menezes e Luiz Felipe Scolari.

Portanto, nada melhor do que comparar as peças que iniciaram a “era” Mano com as 23 da lista de convocados de Felipão para a disputa em solo nacional. A relação foi anunciada na última quarta-feira.

O interessante é que a espinha dorsal defensiva da formação de Mano Menezes se manteve no trabalho de Felipão. Na estreia contra os Estados Unidos, em 10 de agosto de 2010, Victor, Daniel Alves, Thiago Silva e David Luiz estavam entre os titulares que bateram os anfitriões (2 a 0), no estádio de Nova Jersey.

O goleiro do Atlético, então no Grêmio, usava a camisa 1. Do meio pra frente, Scolari também apostou no 4-3-3, mas investiu num outro time. Candidatos a craques, Paulo Henrique Ganso e Alexandre Pato ficaram pelo caminho. O ex-santista, inclusive, era a grande aposta para usar a lendária camisa 10 no Mundial de 2014.

Quis o destino que um amigo e ex-companheiro de Vila Belmiro herdasse o famoso número de Pelé. Neymar, agora do Barcelona, reforçou a condição de maior revelação do futebol brasileiro e se transformou no astro do país. Ele só não conta mais com a presença do escudeiro Robinho, que se apagou nos gramados europeus durante tal ciclo.

Não foi só Robinho que perdeu espaço na transição de Mano para Felipão. Os atleticanos Diego Tardelli e André, presenças no capítulo de estreia de Mano Menezes na Seleção, acabaram não sendo aproveitados.

DT9 até voltou a demonstrar um bom futebol na temporada passada. Mas as atuações não convenceram Felipão, e o atacante chegou a lamentar publicamente a falta de oportunidades.

Sem medalhões

Os quatro anos que separaram as Copas não foram impiedosos somente para os recém-esquecidos, caso de Robinho, por exemplo. Outras estrelas do futebol brasileiro desperdiçaram ótima chance de vivenciar um sonhado Mundial em casa.

O alvinegro Ronaldinho Gaúcho não se enquadrou na reedição da “família Scolari” e assistirá aos jogos pela TV. R10 decepcionou com a amarelinha, quando requisitado por Felipão.

Por sua vez, Kaká, do Milan, também não convenceu e deixou escapar o possível papel de líder dessa geração.

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