PMDB já tem quarteto da transição

29/03/2016 às 21:35.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:41

Membros da base indicam que o PMDB já compôs um comitê informal de transição para um eventual governo Michel Temer. Moreira Franco, Eliseu Padilha, e os irmãos baianos Lúcio e Geddel Vieira Lima transitam com naturalidade suprapartidária e estão dispostos a angariar apoio pró-Temer entre aliados da presidente Dilma e indecisos, para a votação do impeachment em plenário. Geddel retruca: “Não somos imbecis. Não há clima para isso, nem processo de impeachment votado”.

Derrapando

O PR, que controla o Ministério dos Transportes e Dnit, está mais para oposição que governo. Ainda não decidiu sobre como vota no processo de Dilma.

Tchau, querida

O PP da Câmara tem 32 assinaturas da bancada de 49 pró-rompimento com o governo para a reunião de hoje. Ciro Nogueira vai marcar convenção para decidir.

Faz sentido

A postagem da PF no Twitter “Tenham todos uma ótima terça” foi compartilhada por muitos políticos. É melhor do que ouvir um “bom dia” à porta, brincou um deles.

Baixa no PT

Na política, quando tudo está ruim... pode piorar. Como antecipou a Coluna na segunda, o senador Walter Pinheiro (BA) pediu desfiliação do PT ontem. Ficará sem partido, e não quer se candidatar em 2018. Também não garante voto na presidente Dilma quando o processo de impeachment chegar ao Senado. Diz que analisará e votará sem paixões.

Aposta do Planalto

A aposta dos ministros palacianos não se atém à busca de 172 votos aliados dos 513 deputados. O governo investe na abstenção e ausências. Há muitos casos de parlamentares que são aliados, querem votar por Dilma, mas temem pressão dos redutos eleitorais, contra. Os ministros os incentivam a não aparecerem. Isso ajuda Dilma.

6 por meia dúzia

Um grupo de deputados governistas do PP quer fazer de Cacá Leão (BA), filho do vice-governador da Bahia, o ministro da Integração. A pasta já pertence ao partido, nas mãos do técnico Gilberto Occhi, egresso da Caixa. Occhi se recupera de cirurgia.

Alta tensão

O jornal ABC Color do Paraguai deu com destaque a notícia de que o diretor de Itaipu, Jorge Samek, está na lista de benfeitorias da Odebrecht.

Acorda, Gabeira

O ex-deputado Fernando Gabeira e apresentador de TV tomou um tombo feio no Salão Verde ao tropeçar numa mesa de vidro. Ele passa bem. A mesa, não.

Direto do Gabinete

Vice-líder do governo na Câmara, o língua afiada Silvio Costa (PTB-PE) soltou o verbo na tribuna. Acusou Temer de golpista e cravou que o vice já promete presidências de bancos estatais e até diretorias da Petrobras para ganhar apoio de partidos.

Programáticos

Capitão do grupo pró-impeachment na bancada, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) conversou com o presidente do partido, Ciro Nogueira, e pediu que, em eventual governo Michel Temer, não se discuta cargos, mas sim “uma agenda propositiva”.

Quem fica

O PMDB dá como certa a saída de Helder Barbalho (Portos), Mauro Lopes (SAC) e Eduardo Braga (Minas e Energia). Peitam a Executiva e continuam no cargo, e também no PMDB, os ministros Kátia Abreu (Agricultura), Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia).

Dia do enterro

O senador licenciado Delcídio do Amaral terá de aparecer no Conselho de Ética dia 7 de abril para se defender. Mas seu destino sem mandato já está traçado pelos colegas.

Moro protegido

O juiz Sérgio Moro, que parou andar de bike, aceitou escolta de agentes especiais da PF enquanto durar a Lava Jato. Discretamente, sua família também é protegida.

Ponto Final

“Abriu espaço para uma repactuação do governo. Uma nova fase do governo”
Do ministro do Gabinete de Dilma, Jaques Wagner, sobre a saída do PMDB da base.

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