Prefeitura de Contagem nega o aumento de tarifa dos ônibus

Mariana Durães
28/12/2018 às 11:14.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:47
 (Mariana Durães / Hoje em Dia)

(Mariana Durães / Hoje em Dia)

A Prefeitura de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, negou o aumento de tarifa solicitado pelas concessionárias do transporte público municipal. A demanda era de um acréscimo de 17%. Com isso, o preço passaria de R$ 4,05 para R$ 4,75. É o segundo ano que a cidade não reajusta os preços.


De acordo com o prefeito Alex de Freitas, a ideia é que, na próxima sexta-feira (4), as empresas de ônibus façam uma reunião com o Conselho Municipal de Transporte. O encontro também terá representantes da Transcon, da Câmara Municipal e usuários.

“Não tem discussão de reajuste sem melhoria no sistema de transporte, que hoje é precário. Reconheço aumentos nos insumos, mas nao reconheço aqui nenhuma melhoria de serviço”, afirmou.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) diz que a operação na cidade está deficitária por falta de reajuste. Em nota, o coletivo afirma que o diesel, "cuja representatividade é de 25% da estrutura de custos, registrou, conforme cotações em meios oficiais, um aumento de 22,94% de outubro de 2016 para outubro de 2018. Já os gastos com mão de obra registraram aumento de 6,08% nos últimos dois anos". 

Entre as demandas reinvindicadas pelo executivo municipal está a renovação da frota, contratação de cobradores, extintos desde 2015 na cidade, aumento no número de carros e linhas, além de melhoria na segurança. Atualmente, mais de dois milhões de usuários transitam nos ônibus de Contagem diariamente. A frota atual é de 310 veículos, distribuídos em 48 linhas.

Licitação

Diferente do que aconteceu em Belo Horizonte, o prefeito de Contagem não considera necessário um procedimento de auditoria semelhante à "abertura da caixa-preta da BHTrans". Para ele, o que existe é uma "constatação pura e simples de serviço de baixa qualidade".

Além disso, Alex de Freitas critica o fato de as empresas estarem em um "contrato precário", sem licitação. Um processo, aberto neste ano para concorrência, teve contestações dos partcipantes. Reformulado, a intenção é de republicá-lo até fevereiro, para que os vencedores sejam anunciados em junho. "O que pretendemos, principalmente, é dar legalidade aos contratos. Depois, passar a ter o sistema mais inteligente, com integração e mais conforto", disse.

Conforme o prefeito, Contagem tem investido R$ 1 bilhão em pistas de circulação exclusiva para ônibus, quatro terminais, além de estações de embarque e desembarque no estilo Move.

As empresas alegam que por causa do aumento do transporte clandestino, há menos usuários no sistema, o que faz com que os custos crescentes tenham que ser rateados para menos pessoas. "Esperamos que o Município reveja sua posição e conceda o reajuste para que possamos continuar investindo na melhoria do serviço prestado em Contagem", disseram as empresas, por meio do Sintram.

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