Preso, nessa terça-feira (17), um dos dez detentos que havia fugido do Presídio Regional de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Uma denúncia anônima levou a polícia em um imóvel no bairro Primavera, região Noroeste da capital.
Segundo a polícia, ao chegar no imóvel, os militares encontraram o detendo armado e tentando fugir pelos telhados das residências próximas, mas acabou detidos. Ainda de acordo com a PM, a arma utilizada pelo preso não foi encontrada.
No imóvel, utilizado como esconderijo, a polícia encontrou vários entorpecentes. A suspeita é a de que o local seja utilizado como ponto para venda e distribuição de tráfico de drogas. Duas mulheres, uma de 33 anos e outra de 38 também foram presas. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Ibirité, na Grande BH.
Relembre
Pelo menos dez presos fugiram do Presídio Regional de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na madrugada desse domingo (15).
A fuga foi possível após os detentos serrarem as grades, segundo informações da Polícia Militar (PM). A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) nega que tenha havido uma rebelião.
Militares fazem buscas na região. Até o momento, nenhum fugitivo foi encontrado. "A direção da unidade prisional irá apurar, em procedimento próprio, se houve ilícito administrativo no caso", diz nota Seap enviada à imprensa.
A capacidade do presídio é para aproximadamente 100 detentos. Porém, o número de internos seria superior a 150. Depois de reunião com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), no último dia 6, o secretário de Administração Prisional, Francisco Kupidlowsky, afirmou que a superlotação em presídios é um problema crônico.
"Existiu há 15 anos e vai existir daqui a 10 anos. O que temos que fazer é trabalhar para minorar a superlotação", afirmou o secretário na época. Na ocasião, eles discutiram o sistema carcerário do Estado, em decorrência da rebelião no Presídio Anísio Jobim, em Manaus.
Minas Gerais tem hoje 69,2 mil detentos. O total de vagas, no entanto, é de 38,5 mil. A situação, segundo o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de Minas Gerais, Adeílton de Souza Rocha, aumenta o risco de rebeliões. O dirigente afirma que a falta de investimentos para construção de presídios no Estado é a principal causa da superlotação dos estabelecimentos de detenção.