Ônibus a toda velocidade na rua Niquelina

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
15/11/2014 às 08:25.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:01
 (Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

O acidente envolvendo um ônibus da linha 9101 (Alto Vera Cruz/Santa Lúcia), no bairro Paraíso, na região Leste de Belo Horizonte, esta semana, expõe um problema antigo na rua Niquelina. Os veículos costumam percorrer a via em alta velocidade e, não raro, se envolvem em acidentes, sobretudo no trecho entre as ruas Cônego Pinheiro e Coronel Otávio Diniz.    Em nota, a BHTrans informou que o local está devidamente sinalizado, com placas e pintura no solo indicando a velocidade máxima permitida, de 40 km/h, e que não é possível implantar redutores de velocidade, pois o terreno – entre as ruas Juramento e Cônego Pinheiro – tem declividade superior a 6%, conforme estabelece o Conselho Nacional de Trânsito (Contran).   Moradores e comerciantes, por sua vez, cobram uma solução efetiva para o problema, como a instalação de lombadas ou radares eletrônicos no local. “Moro aqui desde que nasci e já cansei de ver acidentes acontecendo nesse trecho. Os ônibus descem embalados e dificilmente conseguem parar no ponto por causa da velocidade”, comenta a comerciante Marta Pereira, de 56 anos.    Assim como Marta, que mora e tem uma loja próximo ao local do acidente da última quinta-feira, o montador Cezar Fioravanti, de 52 anos, também reclama da falta de segurança do trecho. “Um dia antes do acidente, estava passando por aqui e quase fui atropelado na calçada. A sensação que temos é a deque a todo momento os coletivos vão provocar um acidente grave”, reclama.    Na última quinta (13), duas pessoas ficaram feridas depois que o motorista do ônibus perdeu o controle do veículo e bateu no muro de uma casa. As vítimas estavam no ponto de embarque e desembarque, altura do número 1.433, que teve o abrigo de passageiros arrancado pela força da batida. Uma lixeira também foi danificada.   Segundo a BHTrans, a rua Niquelina tem um fluxo diário de 18 mil veículos. Por lá, passam ainda 16 linhas de ônibus, diariamente. A velocidade média dos coletivos, conforme a autarquia, é de 14 km/h.

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