Roberta Campos apresenta repertório de “Todo Caminho é Sorte”, seu novo CD

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
05/11/2015 às 07:26.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:21
 (Patricia Ribeiro)

(Patricia Ribeiro)

As lembranças ainda são vívidas. “Quando era ainda bem pequena, me lembro de ouvir o meu tio tocar e cantar ‘Casinha Branca’. Lembro forte da sensação boa, ao vê-lo tocando seu violão e como era bom ouvir cada nota e cada acorde”, rememora Roberta Campos, ao Hoje em Dia. E foi justamente ali, naquele momento, que a mineira, radicada em São Paulo já há um bom tempo, despertou para a música. “Descobri que tudo que queria para minha vida era tocar violão e cantar. Ali, percebi que a música vivia dentro de mim”.

“Casinha Branca” foi, por muito tempo, a canção preferida de Roberta. Pois bem, a música, composta em 1976 pelo potiguar Gilson, ganha, agora, a leitura de Roberta, integrando o novo disco da cantora, que se apresenta nesta quinta-feira (5), na capital mineira. A ideia do disco, conta ela, partiu de seu nome, “Todo Caminho É Sorte” (Deckdisc), “e da vontade de me encontrar comigo mesma”. “Esse álbum é uma busca e uma resposta ao tempo, ao meu tempo. Um dia, me veio esse nome e dali escolhi o repertório que queria gravar”, rememora.

Na verdade, Roberta selecionou 28 canções, então enviadas a seu produtor, Rafael Ramos. Juntos, chegaram a 12 músicas. “Tinha muitas canções novas e também antigas, que achei ser a hora de mostrar às pessoas. E já estava há quase três anos sem gravar um disco”, emenda.

Convidados

“Amiúde” foi o primeiro single do trabalho. “É uma canção que fiz pra mim. Um dia, sentada no sofá de casa, tive uma conversa comigo mesma. Via meu outro eu na minha frente questionando algumas coisas e eu respondendo ao mesmo tempo. Em busca de mim, me encontrei na canção e resolvi chamar o (Marcelo) Camelo para ser a resposta que naquele momento eu tanto procurava. Fiquei muito feliz de ele ter aceitado o convite, pois a canção, enquanto nascia, me levava a ouvir a voz dele cantando comigo”.

Não bastasse, Roberta Campos chamou Marcelo Jeneci para tocar os teclados. “E ele trilhou um caminho lindo para a canção caminhar em flores”, diz, toda poética.

Roberta aproveita para falar também de “Porta Retrato”, composta em Brasília. “Certa vez, fiz dois shows seguidos por lá e, no segundo dia, fiquei muito tempo no quarto do hotel. Tinha uma janela de madeira enorme e ficava olhando aquela janela até que percebi que as coisas através dela não se mexiam, não passava ninguém, não acontecia nada. Assim, notei como parecia uma fotografia aquela paisagem e fiz um ‘Porta Retrato’ para guardar aquele momento, no qual senti saudade de todo mundo que conhecia, e me lembrou muito a minha cidade e minhas pessoas”.

O set list do show traz tanto as novas canções quanto as “antiguinhas”. “Estou bem contente com a sensação boa que tive quando montei e espero que as pessoas recebam a minha felicidade e sintam-se felizes”.

Serviço

Roberta Campos – Quinta-feira (5), às 21h, no Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil Vallourec (Praça 7, Centro). Ingressos: R$ 60 e R$ 30 (meia)

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