Viaduto passa por vistoria e causa de queda é investigada

Renata Galdino - Hoje em Dia
04/07/2014 às 09:38.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:15
 (Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

O Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia de Minas (Ibape) começa a analisar nesta sexta-feira (4) o plano de retirada das escoras do viaduto que caiu na avenida Pedro I. As primeiras vistorias feitas pela entidade, na noite de quinta-feira (3), indicam que uma das possíveis causas da tragédia seria o afundamento do pilar principal após a retirada das escoras.    "Quando há retirada dessa estrutura, o peso antes distribuído entre os pilares e as escoras é direcionado para o pilar principal, momento em que acreditamos ter havido o afundamento", disse Frederico Correa, presidente do Ibape. O viaduto ao lado está sendo monitorado, uma vez que há um pilar em comum entre eles. Até o momento, de acordo com Correa, não houve movimentação na estrutura.    O plano de retirada das encostas é um item obrigatório no projeto da obra. O momento e como isso deve ocorrer depende de diversas variáveis, como tempo de cura do concreto e a distribuição de cargas na edificação. Amostras do concreto utilizado na construção do viaduto também devem ser analisadas. Parte do material é colhido em todas as remessas que chegam em uma obra e enviado para análise em laboratório. Frederico, no entanto, não soube dizer se este processo é acompanhado por algum órgão.   Além da Iape, peritos criminais das polícia Civil e Federal, representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas) e da Defesa Civil estão no local atuando na perícia do viaduto.   Investigação   O inquérito policial para apurar as circustâncias da queda já está em andamento na 3ª Delegacia de Regional de Venda Nova e serão coordenadas pelo delegado Hugo e Silva. Conforme a corporação o laudo pericial deve ser concluído em 30 dias.   A polícia informou que a primeira providência adotada pelo delegado foi acionar a perícia e colher informações de pessoas que estavam no local. "Foram realizados os trabalhos periciais, sem os quais os corpos não poderiam ser liberados para as providências de sepultamento", diz trecho da nota enviada pela corporação.   Demolição   Após o fim dos trabalhos, segundo o chefe da comunicação dos Bombeiros, capitão Frederico Pascoal, a via será liberada para que a Construtora Cowan, reponsável pela obra, faça a demolição do viaduto e a retirada dos escombros. "Então será feita uma nova vistoria no viaduto ao lado, cuja estrutura já foi reforçada pela empreiteira responsável. Foram colocadas escoras nas pontas do viaduto. Só será possível falar sobre a situação real dele após essa avaliação", explicou.   O capitão disse que o maquinário que fará a demolição já está no local, e foi disponibilizado pela empresa. Os bombeiros só farão novas avaliações em imoveis do entorno caso sejam acionados pelos moradores. Até o momento, não houve solicitação para esse tipo de atendimento.   Atualizada às 11h20

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