Rejeito se movimenta e demolição de usina para em Brumadinho

Anderson Rocha
18/02/2019 às 09:19.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:35

http://www.hojeemdia.com.br/horizontes/n%C3%BAmero-de-mortos-em-brumadinho-sobe-para-169-edifica%C3%A7%C3%A3o-ser%C3%A1-demolida-por-bombeiros-1.694605niciada nesse domingo (17), demolição de área onde pode haver mais corpos em Brumadinho, na Grande BH, foi interrompida nesta segunda-feira (18) pelo Corpo de Bombeiros, após detecção de movimentação de rejeito no local devido à chuva. 

O radar de solo, de propriedade da Vale e operado por um geotecnólogo da empresa, acusou o deslocamento da massa nesta madrugada. Não há previsão para retorno deste trabalho. 

Após o rompimento da barragem, 20% de todo o rejeito liberado ficou na área da Vale. Desse total, 2% tiveram a agitação captada pelo radar, incluindo a região da usina ITM (Instalação de Tratamento de Minério), que está sendo demolida.  

"O rejeito é como se fosse uma casa semidestruída: o que sobra dessa casa, está instável. Se bate uma chuva, um vento, ela pode acabar de cair", explicou o tenente-coronel da corporação, Anderson Passos. 

Segundo ele, não há condições seguras para o trabalho nesse local no momento. A demolição só retornará quando o radar da Vale detectar a acomodação do rejeito que se movimentou. As equipes foram remanejadas para buscas em outras áreas e um drone será utilizado para observação visual. 

Uma área a menos

Embora seja uma paralisação de segurança, que garante a integridade física dos militares, a interrupção dificulta as buscas. "É uma área a menos para procurarmos desaparecidos", afirmou Passos. 

A demolição da usina de tratamento de minério teve início nesse domingo, com maquinário pesado, incluindo tesoura hidráulica. Segundo os Bombeiros, essa demolição é importante para que a corporação consiga localizar eventuais corpos que estejam em locais até então inacessíveis.

"É um trabalho meticuloso, uma vez que existem cilindros de acetileno e GLP (gás liquefeito de petróleo) no local e atmosferas que demandam utilização de equipamentos especiais para respiração", afirmou nota divulgada pelo tenente Pedro Aihara, porta-voz da corporação.

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