Da escola para o picadeiro: de dia Halister, à noite Chapelito

Aline Louise
amoreira@hojeemdia.com.br
02/04/2016 às 19:51.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:45
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

A vida de Halister de Aquino, de 18 anos, é bem diferente da maioria dos rapazes da sua idade. Durante o dia ele frequenta normalmente a escola. A seu redor sempre tem gente curiosa para saber como é morar no circo. “Em todo colégio que chego, quando falo que sou do circo, todo mundo já brinca: é palhaço!”.

O que poderia ser até considerado bullying, para Halister não incomoda nem um pouquinho. Até porque, ele é palhaço mesmo. O Chapelito, com muito orgulho. Graças à profissão, já tem sua independência financeira, só faz o que gosta e vive leve. “Eu sou feliz assim, não penso em fazer outra coisa”, diz.

“Estar no picadeiro é emocionante! É muito bom você passar energia para os outros. Não penso em fazer outra coisa”Halister de AquinoPalhaço

Halister é de uma família de artistas circenses. A mãe era bailarina e o pai se arriscava no globo da morte. Hoje já estão aposentados. Uma das irmãs vive com ele no Circo Mirage e trabalha na administração. Outra irmã está em um circo na Inglaterra, como uma das poucas mulheres que encara o globo da morte.

Para ele, ser palhaço foi uma oportunidade. “O palhaço que tínhamos estava indo embora, aí pedi para tentar fazer o número. Gostaram e eu fiquei. Já sou divertido, brincalhão fora de cena, é meu jeito, gosto disso”, conta.


Voando
Ricardo Robattini é amigo de Halister no circo e também companheiro na escola. Quando não está na sala de aula, treina firme para não titubear no trapézio. Aos 13 anos, ele já se apresenta no picadeiro e encara tudo como uma grande brincadeira. “O que eu faço é como estar voando, é muito bom”, diz.

“É muito bom ser do circo. Tenho a minha hora de estudar, faço trapézio. Seria muito estranho ter outra vida”Ricardo RobattiniTrapezista

Ricardo é a sexta geração de uma família de artistas de circo. A mãe, Geovana Robattini, bailarina do Mirage, garante que dá pra viver sob rodas e ter educação de qualidade. “Não atrapalha, sempre estudamos assim, depende muito deles”, reforça.Lucas Prates / N/A

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