China azul “abraça” time e pode atingir quase 150 mil pagantes em quatro jogos

Gláucio Castro - Hoje em Dia
22/09/2015 às 07:52.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:49
 (Washington Alves/Light Press/Cruzeiro – 16/9/2015)

(Washington Alves/Light Press/Cruzeiro – 16/9/2015)

Fim de noite de domingo, 19 de julho. Na sala de imprensa do Mineirão, o então técnico do Cruzeiro Vanderlei Luxemburgo tenta justificar o empate em 1 a 1 com o Avaí, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Entre outras pérolas, ele afirma que o torcedor do Cruzeiro só vai a campo “quando o time está voando”.


Sem qualquer saudade do treinador falastrão, a China Azul deu nos últimos três jogos uma resposta ao “professor” e promete repetir a dose domingo contra o Coritiba, no Mineirão. Diante do Coxa, os cruzeirenses, que já se mobilizam pela internet, devem ultrapassar em quatro jogos o público que o clube teve nas outras nove partidas no Mineirão em toda a competição, que foi de 130.591 torcedores.


Os 104.921 cruzeirenses que empurraram o time diante de Figueirense, Atlético e Vasco cantaram sem parar e foram fundamentais para a equipe somar cinco dos nove pontos disputados. Mais do que arquibancadas lotadas, os jogadores do Cruzeiro acompanharam uma mudança de postura no Gigante da Pampulha.


Apesar da grande presença de público, a causa é bem diferente a de um ano atrás, quando a Raposa lutava para erguer pelo segundo ano consecutivo o troféu da mais importante competição nacional. Contra o Coritiba, o Cruzeiro terá uma briga direta contra o rebaixamento.


“Temos de só elogiar o nosso torcedor. Ele tem sido brilhante nos últimos jogos. Mesmo com dificuldades, ele tem nos apoiado”, comemora o técnico Mano Menezes, que completará domingo seis jogos no comando do clube, com duas vitórias, dois empates e uma derrota.


Apoio incontestável


Presidente da Geral Celeste, uma das torcidas que encabeçaram este movimento de apoio incontestável ao Cruzeiro, Leandro Freitas, 31 anos, conta que a ideia surgiu por acaso na derrota de 1 a 0 para o Santos, na 21ª rodada. “Nós começamos a cantar sem parar, mesmo com o time perdendo. Nossa bateria foi aumentando a intensidade e o ritmo contagiando quem estava por perto. Neste dia, eram pouco mais de oito mil torcedores. Mas aqueles que estavam lá eram realmente apaixonados pelo Cruzeiro e a ideia foi crescendo”, explicou. “O comportamento da torcida é fundamental para contagiar os jogadores dentro de campo”, completou o presidente da Geral Celeste, criada em 2013.


O clássico com o Atlético registrou o maior público do Cruzeiro nesta edição do Brasileirão. Os 45.991 pagantes que foram ao Mineirão viram a Raposa empatar em 1 a 1 com o maior rival. Antes, a goleada contra o Figueirense, na estreia de Mano Menezes, com 39.042 pagantes, era o jogo que tinha atraído mais cruzeirenses. Já a vitória de 2 a 0 sobre o Atlético-PR, na 11ª rodada, teve apenas 7.427 torcedores.

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