Terroristas dispararam por 10 a 15 minutos com rifles AK-47, diz testemunha

Agência Lusa*
13/11/2015 às 21:34.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:28
 (THIBAULT CAMUS /ASSOCIATED PRESS)

(THIBAULT CAMUS /ASSOCIATED PRESS)

Os terroristas que atacaram na noite desta sexta-feira (13) a sala de espetáculos parisiense Bataclan dispararam com o rosto descoberto durante vários minutos contra o público que assistia a um concerto, tendo inclusive recarregado as armas, relatou um jornalista que estava no local.

O diário francês Libération reproduziu no seu site na internet o testemunho de Julien Pearce, jornalista da Europe 1, que estava no Bataclan quando começou o tiroteio.

“Vários indivíduos armados entraram no concerto e dois ou três de rosto descoberto começaram a disparar com armas automáticas de tipo Kalachnikov [rifle de assalto semi ou totalmente automático de fabricação russa conhecido como AK-47] ao acaso sobre a multidão”, relatou.

Julien Pearce estima que o ataque tenha durado "entre 10 e 15 minutos”, destacando que “foi extremamente violento e houve pânico”. Ele detalhou ainda que “os terroristas tiveram tempo de recarregar as armas pelo menos por três vezes”, que “não estavam mascarados, estavam senhores de si e eram muito jovens”.

'Atiraram na multidão, gritando 'Allahu Akbar'" na casa de shows, conta testemunha

Os atiradores da casa de shows Le Bataclan em Paris na noite desta sexta-feira (13) atiraram contra a multidão gritando "Allahu Akbar" ("Deus é grande"), contou uma testemunha entrevistada pela rádio France Info.
 
"Com minha mãe nós conseguimos fugir do Bataclan (...), conseguimos evitar os tiros, havia muitas pessoas pelo chão", contou o jovem, chamado Louis.
 
"Os homens chegaram e começaram a atirar no local da entrada", disse. "Eles atiraram contra a multidão gritando 'Allahu Akbar' com os fuzis em punho, eu acho".  "Eu ouvia eles carregando, o show parou, todo mundo deitou no chão, eles continuavam atirando nas pessoas...minha nossa, foi um inferno", continuou o rapaz, a voz embargada de choro.

"Eu peguei minha mãe, nós estávamos deitados no chão, alguém disse 'eles foram embora', nós saímos por uma saída de segurança, ainda dava para ouvir os tiros quando fomos embora, tivemos que pular os corpos, foi um pesadelo", disse a testemunha, que disse não ter visto os atiradores, apenas "silhuetas quando eles começaram a dar os primeiros tiros".

Confira a galeria de imagens da carnificina em Paris:

(*) Com AFP

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