(CÁSSIA PAES/Divulgação)
Moradora do Belvedere há uma década, a fotógrafa Cássia Paes, 48 anos, acorda todos os dias e, pela janela de seu apartamento, admira as belezas de um dos bairros mais nobres da capital mineira. Formada em advocacia, Cássia se entregou à fotografia e atualmente é dona de um estúdio na região. Com um estilo peculiar de fotografar, ela aproveita cada canto do Belvedere para fazer seus ensaios. “Minha relação com o bairro é de amizade, amor e carinho pelas ruas largas e arborizadas. Gosto da sensação de amplitude. Poder ver a cidade da janela e as montanhas a perder de vista é uma bênção”, diz. Cássia, que mora num prédio ao lado da Lagoa Seca, a maior praça da cidade, destaca que o local é propício para cuidar da saúde e, principalmente, para fazer novas amizades. “De tudo, o que mais gosto no Belvedere é dessa alegria toda que vejo da minha janela. Aos sábados e domingos, o frenesi de pessoas correndo, caminhando, batendo papo, cuidando da saúde, se exercitando e vivendo. Já nos feriados, vem a calmaria e as pessoas se recolhem. Sinto nostalgia nesses dias” comenta a fotógrafa. Sobre o tipo de foto que prefere fazer do bairro, Cássia não pensa duas vezes. “O por do sol do Belvedere é a foto que mais gosto de fazer. Brinco que, se vender meu apartamento, a vista será à parte. Todo dia uma lata de tinta diferente derrama no céu. E por ser efêmero, encanta mais. É a mesma paisagem, com cores diversas. Com uma outra possibilidade de luz. Isso é vida”, diz. População De acordo com a Associação dos Amigos do Bairro Belvedere, atualmente o bairro tem cerca de 13 mil moradores, divididos em aproximadamente 2500 apartamentos e em casas (número não divulgado). “O bairro cresceu muito. Muitas lojas abrindo, muitos prédios sendo construídos. Acho ótimo. Gosto de viver com pessoas ao redor. O ponto negativo é ter poucas vias de acesso, o que torna o fim do dia caótico para as pessoas que voltam do trabalho. A falta de paciência dos condutores faz com que buzinem demais”, conclui Cássia. Uma nova e boa oportunidade de se morar bem “ Os condomínios do Vila da Serra, em sua maioria, têm uma área que se assemelha aos clubes, dando aos moradores a opção de lazer sem precisar sair de casa. Este conceito diferenciado faz com que as pessoas se conheçam dentro do próprio condomínio, criem laços de amizade e usufruam juntos dessas áreas de lazer”. Assim, o jornalista Igor Assunção, repórter do programa 98 Futebol Clube, da Rádio 98 FM, definiu como é morar na região. Morador do bairro de 2008 a 2010 e, em definitivo, desde 2012, Igor acredita que muita coisa ainda possa ser aprimorada, ainda mais por se tratar de um local relativamente novo. “Não temos, por exemplo, um posto de saúde para atender a região, tendo a pessoa, que necessite de tal demanda, que se deslocar outros locais. No entanto, um ponto positivo é que, na avenida principal do bairro, estão dois hospitais, drogarias, vários bares, lanchonetes e restaurantes simples e sofisticados, além de outros empreendimentos comerciais. “Morar no Vila da Serra tem uma vantagem especial em relação a Belo Horizonte por conta do silêncio, da tranquilidade e, em especial, do contato com a natureza. Não é raro encontrar pelo caminho quatis, micos, gaviões, raposas, dentre outros animais silvestres. Se tem uma desvantagem, para mim, é o frio”, comenta o jornalista. Por estar próximo à mata e em uma região de vale, os termômetros chegam a registrar 6° de diferença entre o Vila da Serra e a Praça da Liberdade”