Até 500 professores podem ter sido lesados por quadrilha de estelionatários em Minas

Danilo Emerich* - Hoje em Dia
24/04/2015 às 17:35.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:46
 (Polícia Civil / Divulgação)

(Polícia Civil / Divulgação)

A quadrilha de estelionatários presos nesta sexta-feira (24), em uma operação da Polícia Civil, pode ter lesado até 500 professores de universidades federais em Minas Gerais. Até o momento, foi confirmado que o grupo aplicou o golpe em cerca de 200 educadores, mas o número pode crescer, segundo a corporação. A quantidade de crimes cometidos pelos suspeitos pode chegar a dez por dia.   A ação prendeu 19 pessoas nesta sexta-feira, além de outros dois adolescentes foram apreendidos. A operação foi realizada, principalmente em Belo Horizonte e em Juiz de Fora, mas os golpes foram aplicados em praticamente todas as cidades com universidades federais, como Ouro Preto, Lavras, Viçosa, Uberlândia. O golpe também era realizado no Rio de Janeiro, onde a “Operação APUB” ocorreu simultaneamente. Os estelionatários teriam arrecadado mais de R$ 5 milhões com as vítimas nos últimos dois anos.   No total, aproximadamente 100 policiais civis participam da operação em Juiz de Fora para o cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão e 25 mandados de prisão em diversas regiões da cidade.    Em Belo Horizonte, foram 30 professores sindicalizados lesados, totalizando 32 inquéritos abertos. Nesta sexta, uma equipe de dez policiais atuou no cumprimento de um mandado de prisão e três de busca e apreensão. Um homem foi preso no bairro Pindorama, região Noroeste. No escritório do suspeito, no Centro de BH, foram apreendidos dois CPUs e vários documentos.   O nome APUB faz menção à Associação dos Professores Universitários do Brasil, entidade à qual a maioria das vítimas é associada. Os levantamentos que possibilitaram as prisões tiveram início com a identificação, por parte de policiais civis da 1ª Delegacia Regional Leste/BH, de uma quadrilha de estelionatários que estaria agindo há dois anos em Minas Gerais, com registros também no Rio de Janeiro.   Os golpistas simulavam serem advogados de ações judiciais impetradas pelas vítimas (professores universitários aposentados e pensionistas), noticiando falsamente o êxito no pedido. Eles alegavam que era necessário, no entanto, depositar valores para viabilizar o saque da quantia depositada em juízo.        Sindicato   O Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (Apubh) manifestou o apoio a operação. Em nota, a entidade informou que, de acordo com o relato dos professores, a quadrilha também sabia qual era a agência bancária do professor e até mesmo o nome do gerente, conferindo uma certa credibilidade ao golpe. "Como a quadrilha usava o nome da Apubh, o sindicato registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Falsificações e Defraudações e orientou os seus filiados para que adotassem o mesmo procedimento, caso fossem vítimas ou sofressem tentativa do golpe", informou,   (* Com informações de Letícia Alves - Hoje em Dia)

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