Dilma deve anunciar novos ministros com seis pastas ao PMDB e Cid Gomes na Educação

Agência Estado
23/12/2014 às 16:24.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:28
 (Elza Fiuza/ABr)

(Elza Fiuza/ABr)

A presidente Dilma Rousseff reuniu nesta terça-feira (23), atuais e futuros ministros para uma confraternização de fim de ano no Palácio da Alvorada. Na lista de convidados, o ex-governador do Ceará, Cid Gomes, que deve ser mesmo confirmado como novo ministro da Educação. Além de boa parte do ministério, estavam presentes os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros, além do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), candidato a substituir Alves na Presidência da Câmara. Uma das ausências foi a do ministro da Defesa, Celso Amorim.   No dia em que deve anunciar boa parte de seu novo ministério, a presidente estava bem humorada, mas ficou apenas cerca de uma hora no coquetel, antes de correr de volta para o Palácio do Planalto. O trio econômico - Joaquim Levy, da Fazenda, Nelson Barbosa, do Planejamento, únicos novos ministros anunciados - e Alexandre Tombini, que se mantém no Banco Central, foi o mais festejado por Dilma.   O anúncio dos novos titulares deve ocorrer no fim da tarde. Devem estar no rol Jacques Wagner, para o Ministério da Defesa, e Ricardo Berzoini, que sairia das Relações Institucionais para as Comunicações.   Segundo a Agência Estado, Dilma se reuniu pela manhã com o deputado federal Eliseu Padilha (PMDB-RS) e com o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que irão para a Secretaria de Aviação Civil e o Ministério de Minas e Energia, respectivamente.   Educação   A ida de Cid Gomes para o Ministério da Educação (MEC) marca a primeira vez que a pasta será entregue a um não petista nos 12 anos de governos Lula e Dilma. A pasta virou alvo de uma disputa interna do PT, que não queria abrir mão do controle do Ministério, cujo orçamento é de cerca de R$ 100 bilhões.   A cidade cearense de Sobral, berço político dos irmãos Cid e Ciro Gomes, é vista como um caso de sucesso na implantação de políticas educacionais no País, registrando bons índices. A presidente também sempre elogiou o programa de alfabetização na idade certa implantado no Estado, que serve de referência nacional.   PMDB com seis ministros   A presidente Dilma Rousseff destinará seis pastas para o PMDB na montagem do ministério de seu segundo governo. O PMDB receberá Minas e Energia, com o senador Eduardo Braga (AM), Turismo, com o deputado Edinho Araújo (SP), Agricultura, com a senadora Kátia Abreu (TO), Secretaria de Aviação Civil, com o deputado Eliseu Padilha (RS), Pesca, com o deputado Hélder Barbalho (PA), e receberá também o controle da Secretaria de Portos. O titular da pasta ainda está sendo definido.   Como recebeu Pesca, que estava com o PRB, e Portos, que estava ligado ao clã dos Gomes, do PROS, o PMDB abrirá mão do Ministério da Previdência Social. A expectativa era que a pasta fosse destinada ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que ficará sem mandato. Mas o próprio PMDB não fazia questão de manter o controle desse ministério, que considerava de baixa visibilidade política.   Com a nova divisão feita por Dilma, o PMDB passa a controlar parte expressiva da infraestrutura do governo, já que comandará Minas e Energia, Aviação Civil e Portos simultaneamente.   A negociação política entre Dilma e o vice-presidente Michel Temer, que preside nacionalmente o PMDB, avançou bastante nas últimas horas. A confirmação do anúncio, porém, poderá esperar para ser feita em bloco na próxima semana pela presidente.

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