PSB flertará com tucanos até a convenção

Ana Flávia Gussen - Hoje em Dia
12/06/2014 às 09:30.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:58
 (Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

A estagnação do pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, nas pesquisas eleitorais acabou aproximando o PSB mineiro de um apoio à candidatura de Pimenta da Veiga (PSDB). Uma aliança proporcional com os tucanos ajudaria as bancadas federal e estadual do PSB a crescer, ao contrário de uma candidatura própria, que manteria a legenda do mesmo tamanho atual. 


Depois de anunciar que é pré-candidato do PSB ao governo de Minas e presidente da legenda, Júlio Delgado, assumiu que o partido pode mudar rumo. Apesar disso, ele associa uma possível aliança com o PSDB com o fato de o partido em Minas ser há muitos anos base do governo tucano.


“Sou pré-candidato na convenção do PSB, pois tenho responsabilidade com o meu partido. Mas nada na política é impossível (aliança com o PSDB). Acho que o dinamismo da política permite isso. Mas acho que há um sentimento muito grande pela candidatura própria, existe um espaço que precisamos preencher”, declarou Delgado, que tem divulgado sua pré-candidatura em seu site.


De acordo com um dirigente socialista, representantes do PSDB e do PSB têm conversado diariamente, e o partido deve deixar para decidir seu futuro pouco antes da convenção, agendada para o dia 21.


Quanto à possibilidade de bater chapa com o companheiro de partido Apolo Heringer na convenção, Delgado respondeu que “primeiro ele tem que ter delegados”, referindo-se àqueles que tem direito a voto na convenção.


“Convenção é mais para homologar. Na semana que vem chegaremos a uma decisão”, afirmou o dirigente do PSB.


Quanto à suplência do candidato tucano ao Senado, Antonio Anastasia (PSDB), o PSB não coloca a indicação como ponto primordial de negociação entre os partidos. A aliança proporcional tornou-se a prioridade.


Dirigentes, também acreditam que a falta de legendas para fechar uma aliança prejudica a tese da candidatura própria. Apenas o PPL entraria na coligação. Delgado prefere não falar sobre alianças: “Já temos pouco partido para procurar, se eu citar nomes então”, afirmou.


O partido sozinho conseguiria, de acordo com um dirigente, manter os três deputados estaduais e os dois federais. Já com o PSDB, eles conseguiriam aumentar em até três representantes na Assembleia e dois na Câmara.


Pesa ainda o fato de um dos principais quadros do PSB em Minas, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, já ter declarado que não apoiaria candidaturas contrárias à do senador Aécio Neves (PSDB), seu padrinho político.
 

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