Um dos principais candidatos ao título da Libertadores, o Atlético decepcionou na sua estreia no certame. Nesta quarta-feira (18), o Galo sucumbiu diante da boa organização do Colo-Colo e saiu derrotado por 2 a 0 do duelo disputado no estádio Monumental, em Santiago.    O triunfo faz com que o Atlético amargue a lanterna do Grupo 1, uma vez que o Santa Fe bateu o Atlas, fora de casa, por 1 a 0. O Colo-Colo, tradicional equipe sul-americana, ocupa a liderança da chave.    O Atlético terá a chance de se redimir do revés na próxima quarta-feira (25), quando recebe o Atlas, do México, no Independência. A partir terá pontapé inicial às 19h45. No dia seguinte, o Colo-Colo visita o Santa Fe, na Colômbia, a partir das 22h30.   Antes, porém, o Atlético terá o clássico contra o América, no Independência. A bola rolará no Horto a partir das 16 horas.    POR DETALHES   A Libertadores costuma ser distinta dos demais torneios. Nela, não importa se seu elenco é mais qualificado, conta também o ímpeto, uma vez que a diferença de forças se equivale graças a outros aspectos, como a pressão externa e o estilo combativo dos participantes.    E o duelo desta noite traduziu isso bem ao Atlético. O Galo foi melhor tecnicamente durante o primeiro tempo. Porém, os donos da casa souberam equilibrar a diferença técnica na gana, que pode ser justificada por alguns ingredientes ao longo do primeiro tempo.    O Atlético, por exemplo, foi quem teve maior volume de jogo ao longo da etapa inicial e criou as principais oportunidades de gol (três no total). Trocou bons passes e foi quem mais explorou o campo ofensivo. Porém, quando tinham de tomar a última decisão, seja passe ou conclusão ao gol, os atletas alvinegros se mostraram afobados. Jô, por exemplo, perdeu chance incrível aos 34 minutos e mostrou que não é à toa que não balança as redes há 10 meses.    Os “caciques”, por sua vez, tinham mais “gana”. Foram quem mais deram combate. Ao longo da primeira etapa, o Colo-Colo desarmou em 15 oportunidades o adversário, quase o triplo do alvinegro.    Esse estilo mais combativo fez com que o jogo ficasse de certo modo equilibrado. E quando tudo caminhava para um empate que somente seria decidido na etapa final, uma infelicidade decidiu o placar rumo ao vestiário.    Aos 39 minutos, Felipe Flores recebeu na intermediária e chutou dali mesmo. A bola veio com veneno e surpreendeu Victor. Ao tentar encaixá-la, o arqueiro falhou feio e viu a pelota morrer na rede. 1 a 0 Colo-Colo.   O prejuízo só não foi maior porque Paredes perdeu uma incrível chance aos 43 minutos, quando ficou cara a cara com Victor, mas mandou para fora.  

Levir teve muito o que reclamar de seus comandados (Foto: Claudio Reyes/AFP)   PERDIDO   Se no primeiro tempo o Atlético mostrou bom volume de jogo e só caiu por uma infelicidade de quem menos se espera, na etapa complementar o panorama foi completamente diferente. O Galo se mostrou desorganizado, principalmente em seu meio-campo, o que fez com que o Colo-Colo tomasse as rédeas da partida.    Como na primeira etapa, a criação do Atlético deixou a desejar, muito pela precipitação ao concluir a jogada. A diferença, desta vez, é que o Galo passou a subir com mais atletas peças rumo ao ataque, o que deixava mais brechas para os chilenos subirem ao ataque.   Reflexo disso foi o segundo tento do Colo-Colo. Aos 21 minutos, Beausejour recebeu nas costas de Patric e cruzou rumo à área, onde achou Paredes livre. O atacante cabeceou à queima-roupa e, desta vez, Victor nada pôde fazer. 2 a 0.    Após o segundo gol, o Atlético ainda tentou diminuir a diferença. Porém, àquela altura, já era sem fundamento, na base do “seja a que Deus quiser”. Sorte que os caciques não deixaram sua marca mais vezes. E olha que tiveram oportunidades para tal...   O QUE LEMBRAR   Da boa marcação do Colo-Colo. Os comandados de Héctor Tapia tiveram como grande mérito a organização. Uma boa característica do conjunto é marcar o passe do adversário. Assim, conseguiram “matar” algumas descidas do Atlético.    O QUE ESQUECER   Da falha de Victor. O “santo alvinegro” pecou quando não se esperava, após um chute praticamente despretensioso do meio da rua.    O DESTAQUE   Juan Delgado. Foi ele o principal articulador da equipe. Além dele, os caciques tiveram como destaque Fierro, que outrora foi meia, mas fez uma bela partida na lateral direita do time chileno.    FICHA TÉCNICA COLO-COLO 2 X 0 ATLÉTICO   COLO-COLO: Justo Villar, Gonzalo Fierro, Vilches, Julio Barroso (Cáceres), Beausejour; Esteban Pavez, Valdéz, Felipe Flores; Juan Delgado; Esteban Paredes e Humberto Suazo. TÉCNICO: Héctor Tapia    ATLÉTICO: Victor, Patric, Leonardo Silva, Jemerson, Pedro Botelho, Leandro Donizete, Rafael Carioca (Dodô); Luan, Dátolo, Maicosuel; Jô. TÉCNICO: Levir Culpi    GOLS: Felipe Flores (aos 39' do 1º tempo); Paredes (aos 21' do 2º tempo) DATA: 18 de fevereiro de 2015 MOTIVO: Jogo válido pela primeira rodada do Grupo 1 da Libertadores ESTÁDIO: Monumental LOCAL: Santiago (CHI) ÁRBITRO: Mauro Vigliano (ARG) AUXILIARES: Juan P. Belatti (ARG) e Ezequiel Brailovsky (ARG) CARTÕES AMARELOS: Leonardo Silva, Jemerson e Rafael Carioca (Atlético)

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