Em dívida no Brasileirão, Atlético e Botafogo duelam no Horto

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
07/09/2014 às 10:26.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:06
 (Bruno Cantini/Divulgação)

(Bruno Cantini/Divulgação)

Em campo, o mesmo número de jogadores para cada lado, mas com níveis de motivação diferentes. Na partida que fecha o turno para Atlético e Botafogo, o time mineiro sai na frente em um quesito: o acerto dos salários dos jogadores.   Os dois alvinegros duelam hoje, às 16h, no Independência, buscando uma guinada no Campeonato Brasileiro.   Com dívidas elevadas junto ao governo federal, as duas equipes enfrentaram grandes problemas de ordem financeira.   Na verdade, o passado do verbo “enfrentar” ainda não se emprega ao Fogão. Enquanto o Atlético quitou dois meses de salários atrasados e promete pagar o referente ao mês de agosto nesta segunda-feira, o time carioca ainda convive com uma grave crise econômica.   O Galo vai se ajustando aos poucos depois de entrar no Refis (refinanciamento de dívidas fiscais) e renegociar a dívida de R$ 270 milhões com a União.    Com o débito reduzido para R$ 165 milhões, o Galo receberá ainda R$ 12 milhões em seus cofres nos próximos meses. Faltam ainda as premiações aos atletas, mas os vencimentos em carteira estão acertados.    “Dois meses de salários foram quitados e direitos de imagem também estão todos certos. É lei, e o clube tem que cumprir. Em relação aos prêmios, isso é algo combinado com os jogadores, mas é pago só quando tiver um dinheiro extra”, afirmou Eduardo Maluf, diretor de futebol do clube, em entrevista ao site Globoesporte.com.   AJUDA INUSITADA   O Botafogo ainda tem que se preocupar bastante com a situação fora das quatro linhas. Após a boa vontade de torcedores ilustres, que prometeram ajudar no pagamento de salário de alguns jogadores, o time da estrela solitária recorreu a uma estratégia inusitada.   Se os empresários são tidos com um dos males necessários do futebol brasileiro, o Fogão encara essa avaliação de outra forma. A diretoria carioca quer usar o bom relacionamento com alguns agentes para pedir empréstimos e evitar novos problemas na Justiça do Trabalho.   Além de pedir dinheiro, há outra maneira de os representantes dos atletas ajudarem: na venda rápida de alguns jogadores.    O zagueiro Dória, por exemplo, teve os direitos econômicos ligados ao Botafogo (30%) vendidos ao Olympique de Marselha. Serão R$ 9 milhões na conta, mas apenas em 2015, uma vez que 100% das receitas do adversário foram penhoradas.   Enquanto os jogadores do time carioca entram em campo preocupados com as contas no fim do mês, os mineiros sabem que poderão dormir sossegados à noite, ainda mais se a vitória vier. 

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