(Flávio Tavares)
Apesar de a Inglaterra ter entrado em campo contra a Costa Rica, nessa terça-feira (24), no Mineirão, já eliminada da Copa do Mundo, os ingleses que foram ao estádio estavam muito bem humorados antes do início do jogo. Um grupo de sete amigos de Birmingham, cidade que fica a 140 quilômetros a noroeste de Londres, era um dos mais animados. Com a inspiração de uma propaganda de cartões de crédito, montaram uma faixa zoando a própria seleção.
“Voo para o Rio: 1.200 libras esterlinas. Aproveitar o ambiente: 2.000 libras esterlinas. Hospedagem: 2.000 libras esterlinas. Chegar à Copa após a eliminação do seu país: Não tem preço”, dizia o cartaz, apontando o típico humor sagaz e irônico britânico. Eles chegaram ao Brasil no domingo, mas a Inglaterra foi eliminada na sexta-feira, com a vitória da Costa Rica, por 1 a 0, sobre a Itália. Apesar do contratempo, resolveram que viriam ao Brasil de qualquer jeito, já que estava tudo pago, e ingressos comprados para a partida dessa terça. A expectativa era chegar para assistir ao último jogo da Inglaterra na fase classificatória, nessa terça, e ficar até a final do Mundial.
Mesmo com a decepção, eles não estavam tristes na primeira viagem ao Brasil. “Já que viemos até aqui, vamos aproveitar para festejar, ainda que não seja festejar o futebol da nossa seleção. Temos sol, temos cerveja e um ótimo clima. Está tudo muito divertido”, disse o engenheiro de informática Richard Cunningham, de 35 anos. Agora, por não ter mais a quem seguir, eles decidiram que ficarão aproveitando o clima de Copa do Mundo, e curtindo as praias do Rio de Janeiro, por mais uma ou duas semanas.
Feijão
Os ingleses têm o costume de comer feijão, mas preparado de uma forma muito diferente da brasileira. Lá, a leguminosa é servida no café da manhã, e é adocicada. No Brasil, isso pode parecer muito estranho mas, para eles, o prato de feijão, servido salgado, não foi visto de forma ruim.
“Adorei o feijão tropeiro. É diferente, claro, mas muito gostoso. Tão gostoso quanto o nosso feijão”, afirmou o engenheiro Luke Cridge, de 33 anos, que diz comer o feijão doce regularmente pela manhã.