(Lucas Prates/Hoje em Dia)
Com o minúsculo espaço do Café Literário lotado, o ator e cronista Gregório Duvivier e a cantora e escritora Adriana Calcanhotto falam ao público e leem poemas prediletos, na Bienal do Livro de Minas. O evento segue até dia 23 de novembro.
As duas celebridades falam das origens de suas criações literárias. "Escrever crônica é como ter um revólver apontado para a cabeça", diz Duvivier para o público restrito de pouco mais de 100 pessoas do "aquário" do Café.
Do lado de fora, outras centenas de fãs se amontoam em pé. "Se tivesse lugar para 500 pessoas, ainda ficaria gente de fora", disse uma fã.
Mas ninguém arreda o pé. "A poesia, não", aponta Adriana, sobre a comparação "bélica" do colega. "Não tem como encomendar uma poesia", diz ela.
Para o também ator do programa humorístico on-line "Porta dos Fundos", a literatura organiza as experiências da vida. "Dá um sentido, dá um deus para a vida", resume Duvivier.
Adriana, defensora amorosa da poética da vida, diz que "as pessoas convivem com a poesia mais do que elas se dão conta". "A poesia está em tudo", arremata a gaúcha. Juntamente com Duvivier, eles autografam livros deles, no Auditório João Ubaldo Ribeiro.