A fama sempre foi maior que Jean Chera e, tão novo, mas também tão talentoso, teve dificuldades para a lidar com o sucesso que tem demorado a vir. Joia lapidada nas categorias de base do Santos, onde chegou com 8 anos após chamar a atenção por lances filmados e colocados na internet, ele tenta reconstruir a sua carreira no Cuiabá, que nesta quinta-feira encara o Luverdense, em um duelo de times do Mato Grosso, na Arena Pantanal, em Cuiabá, por uma vaga na final da Copa Verde.
Talvez pela primeira vez na carreira os holofotes não estejam pesando sobre seus ombros. Reserva de Raphael Luz, que vive grande fase, Chera tem apenas 20 anos, recém-completados, apesar de estar no 10.º clube de sua carreira. "Para mim é um recomeço, pois aqui não tem a pressão dos clubes de São Paulo e Rio, é mais tranquilo", disse o rapaz.
Desde menino ele era tido como uma das maiores promessas do futebol brasileiro, mas a história ainda não se comprovou. "Eu acho que isso atrapalhou. Era muito novo, ainda sou, mas no Santos era muita pressão. Não tiveram tanta paciência e faltou bastante cuidado", explicou o jogador, que só perde a calma quando é comparado a Messi ou Neymar. "Nunca gostei de ser comparado a eles. Sempre quis ser o Jean. Faziam a comparação, me acostumei, mas não gosto", avisou.
O meio-campista revela que não chegou ao Cuiabá por falta de opções, muito pelo contrário. Tinha propostas de times das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, mas optou pelo projeto do clube e por ficar mais perto da família, que mora no Mato Grosso. "Temos a Série C, que começa em maio, e vamos tentar levar o Cuiabá para a Série B. Tenho contrato até o final do ano e quero ficar aqui. O que vai acontecer depois vai depender do que mostrar. Preciso fazer um bom trabalho e aproveitar as oportunidades".
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