Quem resiste a um bazar?

Lady Campos - Hoje em Dia
07/10/2014 às 17:22.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:24
 (Editoria de Arte/Hoje em Dia)

(Editoria de Arte/Hoje em Dia)

Não é preciso ser especialista para constatar que uma compra bem feita faz menos estragos para o bolso, alimenta a autoestima e, de quebra, rende bons resultados, principalmente se entre as aquisições estiver um clássico vestido preto de excelente material e caimento ou a camisa branca, curinga para ocasiões casuais e elegantes.   O contrário também é indiscutível. Depois de vasta experiência de comprar por impulso (atire a primeira pedra quem nunca passou pela situação), dinheiro gasto fora do orçamento e muitos peças encalhadas no guarda-roupa, você acredita que, finalmente, superou o passado e alcançou um nível mais elevado como consumidora. Isso até se deparar com a notícia de que está rolando um bazar da marca que faz seus olhos brilharem.   E não adianta dizer que aprendeu com a experiência. E nem que absorveu toda a lição passada por papisas da moda, como Gloria Kalil em “Chic – Um Guia de Moda e Estilo para o século XXI” (Senac-SP) ou folheando as considerações da ícone da elegância francesa Ines de la Fressange no guia “A Parisiense” (Intrínseca).   Sim, lá estava eu, acompanhada de minha filha Lorena, revirando peças e peças amontoadas em caixas, espalhadas pelo chão e jogadas numa enorme cadeira de canto de loja. Confesso que a visão não é das melhores, principalmente quando o ambiente está tão cheio que não se consegue um lugarzinho que seja para experimentar. Uma coisa é apreciar a roupa cheirosa, delicadamente dobrada na prateleira, esticadinha em uma arara ou piscando para a gente em uma bela vitrine.    Outra é participar de uma maratona, desfazendo montes de roupa, encontrando uma manga aqui, uma perna acolá e com risco de disputar na base do puxa-puxa a mesma peça que a pessoa de seu lado. E aí vai a primeira lição. Antes de sair de casa, dê um conferida no guarda-roupa. Tome nota das cores que ficam melhores em você e de itens dos quais precisa. Mantenha um banco de imagens no celular com fotos de peças de seu closet.   Nunca, em hipótese alguma, vá de mãos cheias para um bazar. Leve o necessário, ou seja, uma bolsa pequena está de ótimo tamanho, e use legging e regata, a melhor composição para experimentar as peças.   Com poucas chances de se ver por inteiro no disputadíssimo espelho, uma companhia é de fundamental importância para bater o martelo. Ah, também não caia na tentação de carregar todos os cartões de crédito até porque o objetivo é comprar apenas o necessário.    Fundamental: vá com bom humor. Se estiver cansada e sem paciência, desista! Depois de horas na batalha, suar feito bico de chaleira e ficar com os pés em frangalhos, a frustração de não encontrar a linda camisa do meu número. Será que valeu o custo benefício, ou melhor, o custo sacrifício? Sim, valeu. Pela ginástica fashion, pela aula de economia e pela pura satisfação de sair de mãos abanando e sem peso na consciência. Viva a liberdade!   *Críticas, elogios, comentários e sugestões são sempre bem-vindos neste espaço.

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