(Eric Feferberg)
Quinze dias após a revista de celebridades "Closer" ter estampado reportagem sobre seu "affair" com a atriz Julie Gayet, 41, o presidente francês, François Hollande, 59, anunciou sua separação da jornalista Valérie Trierweiler, 48, até então sua namorada e com status de primeira-dama.
Não foi propriamente uma surpresa. Antes do anúncio de hoje, fontes oficiais chegaram a tratar do assunto, classificado por elas de "falsos rumores". Além disso, Valérie se preparava para viajar à Índia para apoiar a ONG "Ação Contra a Fome" --viagem que, no entanto, deve acontecer de forma privada.
A imprensa francesa já vinha dizendo que o anúncio era iminente. Na manhã de hoje, contudo, o canal televisivo BFM-TV se adiantou ao comunicado do palácio do Eliseu. O mesmo aconteceu com os jornais "Le Journal Du Dimanche" e com o "Le Parisien", que usou a expressão "c'est fini" (algo como "acabou") para antecipar a separação do ex-"primeiro-casal" francês.
Desde a revelação do "affair", a popularidade do presidente mais impopular da história da França subiu, segundo pesquisa encomendada pela revista "Le Point".
Hollande e Valérie não eram casados, mas viviam juntos há cerca de oito anos, quando o atual presidente se separou de Ségolène Royal, também do Partido Socialista, com quem viveu por 25 anos e teve quatro filhos.
Candidata à presidência em 2007, Ségolène já havia pedido Hollande em casamento publicamente, mas recebeu o silêncio como resposta.
Depois de "Closer" ter publicado no dia 10 de janeiro a notícia do romance clandestino entre o presidente francês e a atriz Julie Gayet, acompanhada de fotos noturnas em que Hollande aparecia vestindo um capacete de motoqueiro, Valérie Trierweiler foi internada por cerca de uma semana num hospital de Paris.
A Dexter, empresa fabricante do capacete, rebatizou o modelo: agora, ele se chama Dexter President. Por sua vez, Hollande encontrou-se no Vaticano com o papa Francisco na última sexta, num clima que as agências noticiosas chamaram de "formal", oficialmente para discutir o problema da guerra civil na Síria. Ao santo padre Hollande teria dito: "estou muito feliz por ser recebido aqui".
Horas antes de sua chegada à Itália, uma bomba caseira explodiu perto da igreja São Ivo dos Bretões, frequentada pela colônia francesa em Roma, causando apenas pequenos danos materiais.