EUA e China devem debater cibersegurança em julho

Estadao Conteudo
27/06/2014 às 06:45.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:09

Os EUA insistirão para retomar as discussões sobre cibersegurança com a China no próximo mês. O secretário-assistente de Estado, Daniel Russel, disse à Associated Press que os EUA irão pressionar pela retomada das discussões sobre o assunto durante uma reunião de gabinete dos dois lados no diálogo anual sobre segurança e economia, em Pequim, na segunda semana de julho.

As relações entre China e EUA também têm enfrentado turbulências por conta da assertividade de Pequim nas disputas territoriais no Mar do Sul e no Mar do Leste da China. Russel, o principal diplomata dos EUA para o Leste Asiático, reiterou essas preocupações, afirmando ser essencial a China utilizar a diplomacia para resolver as diferenças.

Russel ainda explicou que a tensão no Iraque, exigindo que os EUA redirecionem a atenção militar para a região no curto prazo, não altera o fato de que a Ásia e o Pacífico é uma prioridade dos EUA nas áreas de segurança, economia e política.

A delegação norte-americana que será enviada a Pequim será liderada pelo Secretário de Estado, John Kerry, e pelo Secretário do Tesouro, Jack Lew. Os dois lados devem discutir a tensão no Oriente Médio, o programa nuclear da Coreia do Norte, a cooperação na mudança climática, e os EUA devem tocar no assunto de direitos humanos. Os governos também devem conversar sobre questões econômicas e comerciais, incluindo progressos em um tratado de investimento bilateral, o qual a China aceitou negociar no encontro do ano passado.

Russel afirmou que os EUA também demonstrarão preocupação sobre ciberespionagem, especificamente sobre o roubo de dados empresariais. O governo norte-americano afirma que esses dados são compartilhados com estatais chinesas para ganhos comerciais ilegais. "Esse é um problema, e é um problema que nós acreditamos que os chineses devem e podem resolver", afirmou.

Em maio, os EUA acusaram cinco militares chineses de invadirem o banco de dados de empresas norte-americanas para desvendarem segredos comerciais, mas eles não entraram em nenhuma lista de criminosos procurados. A China negou a acusação e, dias depois, publicou um amplo relatório contra a ciberespionagem dos EUA, citando dados vazados pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em Inglês) Edward Snowden. Fonte: Associated Press.
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