MARIANA - Famílias atingidas pela tragédia em Mariana, na região Central, com o rompimento de duas barragens que destruíram casas e provocaram pelo menos seis mortes, começam nesta quarta-feira (11) a deixar os hotéis onde estão hospedadas para serem realocadas em moradias provisórias.

Em reunião ocorrida no fim da tarde desta terça-feira (10), entre o Ministério Público e representantes da Samarco, foi informado de que 140 residências já estão disponíveis, provisoriamente, por meio de contrato de aluguel. Os custos serão arcados pela mineradora. Ao todo, existem cerca de 200 famílias atingidas até o momento.

As residências ficam em Mariana e distritos da região. A locação será por tempo indeterminado. Despesas de água, luz e mobiliário também deverão ser quitadas pela Samarco. “Enquanto a empresa não garantir todos os direitos indenizatórios daquelas vítimas, ela terá que arcar", informou o promotor Guilherme de Sá Meneghin.

A escolha pelo hotel ou casa provisória deverá partir das pessoas atingidas, segundo o promotor. A intenção do MP é a de que até o dia 18 seja feita a identificação das escolhas de todos os envolvidos. Segundo ele, cerca de 500 imóveis foram vistoriados pela empresa.

Não está descartada a possibilidade das pessoas serem levadas para outras cidades. “Temos um caso de um indivíduo que quer ir para João Monlevade, então, cada situação será analisada separadamente”, acrescenta Guilherme de Sá Meneghin.

Por enquanto não há sinalização para pagamentos de salário. O MP promete severidade na apuração dos fatos. “Vamos atuar com muito rigor para que todos tenham os seus direitos resguardados. Não há dúvida com relação à responsabilidade da empresa”, completou o promotor.

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