Fé no islã em harmonia com a hospitalidade mineira

Thiago Ricci - Hoje em Dia
29/11/2015 às 08:30.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:08
 (WESLEY RODRIGUES)

(WESLEY RODRIGUES)

Minas Gerais, assim como todo o território brasileiro, está livre da ação do grupo terrorista conhecido como “Estado Islâmico” (EI) – mesmo com a realização das Olimpíadas, no ano que vem. Ao menos é o que garante o sheik do Centro Islâmico do Estado, Mokhtar Elkhal.

“Aqui no Brasil essa ideia não existe. Se souber de alguém com essa postura, serei o primeiro a avisar a Polícia Federal. E a comunidade islâmica também”, garante o líder muçulmano.

Conforme Elkhal, “um ou dois” extremistas já saíram do Brasil para atuar no EI, mas foram casos esporádicos. “Somos de outros países, mas agradecemos a Deus por ter caído no Brasil e temos que agradecer a oportunidade que nos foi dada. Não somos ingratos”, afirma o marroquino, que tem três filhas brasileiras e já está há 22 anos em Belo Horizonte.

Intolerância

Desde os atentados na África e especialmente na França, neste mês, a religião islâmica ficou em foco novamente. O periódico carioca “Extra” publicou na última semana que o número de agressões a muçulmanos no Rio de Janeiro aumentou neste ano: de seis, em 2014, para 67 até agosto – conforme registros do Centro de Promoção da Liberdade Religiosa e Direitos Humanos do Rio.

Em Minas Gerais, no entanto, o órgão que poderia fornecer esse tipo de informação ainda está em gestação. Segundo o governo, o Comitê Estadual de Respeito à Diversidade Religiosa deve sair definitivamente do papel em janeiro. “Já foram realizados três encontros em Belo Horizonte, sendo que um deles foi estadual e reuniu representantes religiosos de várias regiões do Estado”, afirmou, por nota, o governo.

O Centro Islâmico mineiro garante que esse aumento da intolerância não foi sentido por aqui. “Não gosto dessas pessoas que desejam aparecer na mídia (se referindo aos números do centro do governo fluminense). Não há discriminação por aqui. Brasileiro passa a perna, mas passa o calor”, afirma Elkhal.

Apesar de rechaçar a violência contra os muçulmanos no Brasil, o religioso é taxativo ao projetar as ofensivas do EI. “O que vem pela frente é pior. Aonde o mundo vai parar? Em uma Terceira Guerra Mundial”, afirma o sheik. O Hoje em Dia conversou com Elkhal sobre esse e outros assuntos. A entrevista completa será publicada na edição de amanhã.

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